Os custos de transporte de carga entre Nacala, cidade portuária da província de Nampula, e Lichinga, capital provincial de Niassa, vão conhecer uma redução de mais de 60%, como resultado da reintrodução do transporte ferroviário de carga na linha férrea que liga o Porto de Nacala e a cidade de Lichinga.
Actualmente, os operadores rodoviários cobram cerca de 40 meticais por tonelada/quilómetro, contra os cerca de seis meticais por tonelada/ quilómetro projectados para o modo ferroviário.
O ministro dos Transportes e Comunicações, Carlos Mesquita, fez esta revelação, realçando que “com a entrada em funcionamento do comboio de mercadoria que liga Lichinga ao Porto de Nacala fica cumprido o grande objectivo estratégico do Governo que vai trazer enormes benefícios para a população, bem como o relançamento da economia naquela parcela do País”, disse Mesquita, acrescentando que com a reintrodução do comboio de carga na rota ferroviária Nacala/Lichinga espera-se uma significativa e contínua redução do custo de vida naquele ponto do País, uma vez que a Cidade de Lichinga é maioritariamente abastecida através do Porto de Nacala.
A capital provincial de Niassa depende, em grande medida de productos provenientes de Nacala, com destaque para os combustíveis (gasóleo, gasolina, petróleo e gás), material de construção civil como o cimento, produtos alimentares como o sal, açúcar, sabão e outros. No sentido descendente, o comboio vai dinamizar a comercialização agrícola através do escoamento do milho, feijão, batata, entre outros productos agrícolas cultivados no Niassa.
O comboio de carga ligando a capital provincial do Niassa e o estratégico Porto de Nacala arranca brevemente, após um trabalho preparatório junto dos agentes económicos para a mobilização e acondicionamento da carga a ser transportada. Entretanto, fonte do Corredor de Desenvolvimento do Norte (CDN), operador ferroviário da via, assegurou estarem criadas todas as condições logísticas para o arranque do comboio de carga que, numa primeira fase, terá disponíveis 25 vagões, numa frequência semanal, a ser reajustada em função da adesão dos agentes económicos e o crescimento da demanda do transporte ferroviário de carga naquele troço, tido como fundamental para a dinamização da economia da província do Niassa.
Com a reabertura da linha férrea Cuamba/Lichinga, a província do Nissa tem vindo a ser servida pelo transporte ferroviário de passageiros com um impacto bastante significativo na mobilidade de pessoas e bens, a preços acessíveis à maioria dos cidadãos. Para o transporte de passageiros, no troço Nampula/Lichinga, os cidadãos pagam uma tarifa social de 365 meticais, contra os cerca de mil meticais cobrados no transporte rodoviário.
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