Um funcionário público cuja identidade não apurámos, afecto ao sector de Pescas no distrito costeiro de Moma, na província de Nampula, está a contas com a Justiça devido ao presumível envolvimento em esquemas de corrupção que consistiam na autorização do exercício da pesca em algumas regiões daquela parcela do país, na época de defeso.
O individuo em causa, depois de ter ficado alguns meses a ver o sol aos quadradinhos, foi solto a mando do Tribunal Distrital de Moma, mediante o pagamento de uma fiança de mais de 100 mil meticais.
O administrador de Moma, Chale Ossufo, confirmou o facto ao @Verdade e disse que se trata de um problema despoletado por determinados pescadores. Estes insurgiram-se perante o facto de um grupo ter sido proibido de pescar, enquanto outro exercia a mesma actividade em pleno período de veda.
“O técnico em causa deslocou-se à zona de concentração de pescadores, autorizou que eles pescassem e cobrava dinheiros", disse o administrador, acrescentando que face a esta situação foi criada uma equipa de averiguação, a qual neutralizou o acusado em flagrante.
Segundo Chale Ossufo, o período de veda para a pesca terminou em Março último e o seu executivo tem vindo a apertar o cerco contra os pescadores ilegais.
O funcionário acusado foi transferido para os Serviços Distritais e Actividades Económicas, onde aguarda pelo desfecho dos processos-crime e administrativo que correm contra si.
De acordo com as estatística, o distrito de Moma produz anualmente cerca de seis mil toneladas de produtos pesqueiros, com destaque para peixe e mariscos. Grande parte é exportada para vários países europeus e asiáticos.
Para o presente ano, as quantidades de pescado vão atingir sete mil toneladas. O distrito conta, actualmente, com cerca de 11 mil pescadores artesanais, dos quais 1.684 licenciados, oito embarcações semi-industriais e quatro motorizados.
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