Boavista e Benfica despediram-se do Campeonato português de futebol com um empate 2 a 2, num jogo em clima de festa no Estádio do Bessa, ao qual faltou um futebol mais espectacular. Os Axadrezados estiveram a ganhar por 2 a 0, mas encarnados conseguiram evitar a derrota na festa do tetra a Norte. Golo da igualdade foi de Kalaica, aos 90 minutos.
No fundo, a história do jogo da primeira volta (3-3), no Estádio da Luz, repetiu-se este sábado, com os axadrezados a conquistarem uma vantagem de dois golos e, depois, a revelarem-se incapazes de a segurar perante os tetracampeões, que apenas deram um ar da sua graça na 2.ª parte. Ainda assim, Miguel Leal, treinador do Boavista, bem se pode orgulhar de ter sido uma das três equipas que não perderam com o Benfica na Liga, seguindo o exemplo de V. Setúbal e FC Porto.
Os boavisteiros entraram em campo com um onze muito próximo daquele que tem sido a sua base ao longo dos últimos jogos, enquanto Rui Vitória lançou em campo uma equipa totalmente nova, com jogadores que nunca tinham jogado juntos e três estreantes de início, casos de Hermes, Pedro Pereira e Kalaica, estes dois últimos ainda com idade de juniores. Era a necessidade de permitir a estes atletas serem campeões nacionais e, ao mesmo tempo, poupar elementos fundamentais tendo em vista a final da Taça de Portugal, no próximo domingo.
Não é de estranhar por isso que os encarnados fossem ao longo de toda a primeira parte uma equipa desligada, na qual André Horta procurava pegar nas pontas soltas para dar alguma lógica ao jogo.
Ao invés, o Boavista era uma equipa bem mais coesa, que procurava passes em profundidade para as costas da defesa contrária, algo que teve resultados práticos logo aos 16 minutos, quando Iuri Medeiros isolou Fábio Espinho na direita, que se limitou a cruzar para Renato Santos assinar o primeiro golo no primeiro remate do jogo. A partir desse momento, esperava-se uma reacção do Benfica, mas tal não aconteceu, assistindo-se a um jogo muito lutado, sem lances de perigo junto das balizas e com o Boavista a querer jogar pela certa.
Ao intervalo, Rui Vitória procurou dar mais velocidade à equipa com a entrada de Rafa Silva para o lugar de Hermes, lateral que se estreou a jogar como extremo. E a verdade é que o Benfica entrou diferente, até porque Rafa surgia muitas vezes em zonas interiores, procurando ludibriar o combativo meio-campo dos axadrezados. No entanto, foi o Boavista a fazer o segundo golo por Schembri, após um belo passe de Iuri Medeiros.
Apesar da derrota, na bancada os adeptos do Benfica faziam a festa de campeões e, percebendo isso, Rui Vitória quis dar outra imagem da equipa lançando Raúl Jiménez para o lugar de Filipe Augusto. As melhorias foram notórias, sobretudo porque o recuo de André Horta dinamizou mais a equipa, mas foi numa transição rápida de Rafa Silva que Mitroglou aproveitou para reduzir.
Foi já com Paulo Lopes em campo - duas belas intervenções - que o croata Kalaica empatou, de cabeça, após canto de Zivkovic, coroando aos 90 minutos um bom final de jogo dos tetracampeões, que entraram a partir desse momento em modo de festa com os seus adeptos, que aproveitaram para pedir o 37º título no próximo ano... Já o Boavista saiu com o sentimento de dever cumprido, pois conseguiu a melhor classificação deste século: 9º lugar.
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