Distintas autoridades da Venezuela informaram de duas novas mortes registadas esta quarta-feira durante os protestos, uma delas confirmada pela Procuradoria e que eleva a 79 a recontagem oficial de falecidos nas manifestações que atingem o país.
O Ministério Público indicou através da sua conta no Twitter que Luigin Paz, de 20 anos, "estava numa barricada da estrada quando foi atropelado por um camião cisterna" na cidade de Maracaibo, capital do estado de Zulia, limitrofe com a Colômbia.
A coligação opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) tinha convocado para esta quarta um "trancazo nacional", pelo que centenas de pessoas em quase todo o país cortaram várias estradas durante quatro horas para protestar contra a eventual mudança da Constituição promovida pelo Governo do presidente Nicolás Maduro.
Por sua parte, dirigentes opositores informaram da morte de Roberto Durán, de 26 anos, durante uma manifestação na cidade de Barquisimeto, no estado de Lara (centro oeste), ainda que este caso ainda não tenha sido contabilizado pelo Ministério Público.
Caso a Procuradoria contabilizar a morte de Durán, o número de mortos desde o passado 1 de abril seria elevado para 80.
O autarca de Barquisimeto, o opositor Alfredo Ramos, confirmou essa morte e responsabilizou o Governo. Jornais locais indicaram nos seus sites que Roberto Duran sofreu um ferimento no peito, presumivelmente causado por um disparo.
Entretanto, dirigentes opositores assinalaram que há dois feridos com gravidade, um em Zulia e outro no estado andino de Mérida, por lesões durante os denominados "trancazos".
Estas manifestações terminaram com várias pessoas detidas e feridas, entre elas um deputado, enquanto que várias concentrações foram dispersadas pela polícia, segundo partilharam dirigentes opositores nas redes sociais.
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