O Ministério do Trabalho, Emprego e Segurança Social (MITESS) prestou, recentemente, apoio social a associações de ex-mineiros, em Manjacaze, e viúvas, na cidade de Xai-Xai, na geração de renda.
O apoio consistiu na entrega de duas embarcações de pesca, igual número de congeladores e um kit de redes a duas associações, nomeadamente Nhaurogole e Manguenhane, ambas do posto administrativo de Chalala, distrito de Manjacaze.
Com efeito, os 16 associados passam a ter meios de trabalho na terra natal depois de terem visto findar os respectivos contratos de trabalho nas minas da África do Sul.
“Agora o vosso trabalho está aqui. A natureza deu a lagoa e nós ajudamos com estes meios para vocês gerarem a vossa renda e criarem riqueza para cada família”, disse a ministra do Trabalho, Emprego e Segurança Social, Vitória Diogo.
Os beneficiários congratularam-se com o apoio, pois antes recorriam a uma canoa e uma tábua, para a pesca que para além do risco que corriam, reduzia o esforço dos associados porque só podia levar um pescador em cada investida.
Disseram ainda que com a recepção dos barcos, redes e lugar para conservar o pescado, as condições estão criadas para aumentarem a captura e consequentemente melhorar as suas vidas e até empregar outros colegas.
Ainda no quadro de criação de condições de trabalho para as viúvas dos ex-trabalhadores moçambicanos nas minas da África do Sul, a ministra procedeu à entrega da primeira oficina de corte e costura à Associação Esperança no bairro de Chinunguine na cidade de Xai-Xai.
As viúvas dos mineiros produzem uma variedade de artigos que vai desde roupas, cestos e chinelos ornamentados à base de capulana, bijuterias, entre outros. Nesta oficina trabalham 16 associadas, porém o numero de beneficiários multiplica-se na medida em que, segundo Arlete Sumbane, representante das mulheres que beneficiaram da formação, os filhos e outros dependentes destas usam as máquinas de costura para o processo de aprendizagem.
Arlete Sumbane explicou que os filhos delas beneficiaram de diversos cursos profissionalizantes, entre os quais pedreiros, electricistas, carpinteiros, ministrados pelo Instituto de Formação Profissional e Estudos Laborais Alberto Cassimo (IFPELAC), mas que tinham dificuldades para conservar o material.
“Com a recepção da oficina, os nossos filhos terão onde guardar o seu material de trabalho e nós como mães também teremos o controlo de todo o material com que eles trabalham”, disse.
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