Dois cidadãos encontram-se a contas com as autoridades policiais, no distrito de Dondo, província de Sofala, acusados de envolvimento na morte de três pessoas após consumirem álcool etílico. Trata-se de um produto considerado altamente perigoso, o qual é usado para desinfectar instrumentos cirúrgicos, feridas, exterminar bactérias, entre outras aplicações.
O caso aconteceu na localidade de Mutua, no posto administrativo de Mafambisse, na casa do indiciando, onde os malogrados faziam biscates, tendo-lhes sido servido o referido a álcool a pedido dos mesmos.
Porque a culpa pela morte dos três indivíduos não podia morrer solteira, a Polícia da República de Moçambique (PRM), em Dondo, encarcerou um implicado, que responde pelo nome de Pedro José, bem como o seu empregado de confiança, de nome Felizardo João.
Eles estão a ver o sol aos quadradinho no Comando Distrital no Dondo. Felizardo João reconheceu ter sido ele quem serviu o produto que supostamente tirou a vida dos três cidadãos, mas pedido destes e mediante as ordens de Pedro José.
Os malogrados alegaram que tal álcool era consumível depois de diluído com água. Segundo Pedro e Felizardo, não era a primeira vez que os finados ingeriam o produto em questão e nada de anormal lhes acontecia.
Aliás, eles disseram que não sabem o que pode ter originado a morte da terceira vítima. “Eu usava este produto para eliminar bactérias em casa e servia como desinfectante”, disse Pedro.
Daniel Macuácua, porta-voz do Comando Provincial da PRM, em Sofala, contou que a desgraça aconteceu em dois dias diferente – 03 e 09 de Agosto corrente – quinta de Pedro José, onde as vítimas prestavam pequenos serviços remunerados.
A notícia chegou ao conhecimento da Polícia através de uma denúncia popular e está-se a investigar o que pode ter originado a morte dos visados, mas informações preliminares dão conta de que tal se deveu ao consumo do álcool etílico. Localmente, as autoridades sanitárias estranharam o facto de o produtos em causa ter parado em mãos alheias, pois é de uso exclusivo do Ministério da Saúde (MISAU).
Porém, suspeita-se que o mesmo tenha sido roubado em alguma unidade sanitária, em Sofala, porque, a par do que acontece noutras parcelas de Moçambique, é recorrente o roubo de fármacos, grande parte dos quais alimentam o mercado informal.
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