Todas as actividades estão paralisadas desde terça-feira em Kinshasa, capital da República Democrática do Congo, após um apelo para cidade morta, durante dois dias, lançado pela oposição radical para reclamar por eleições antes de finais de Dezembro de 2017.
O comércio está entre os sectores directamente afectados com lojas, cantinas e gabinetes encerrados, enquanto a maioria dos grandes mercados da cidade estiveram vazios terça-feira.
Os habitantes ficaram nas suas casas em conformidade com a palavra de ordem da oposição, composta por membros da Coligação liderada pela União para a Democracia e Progresso Social (UDPS) do defunto líder opositor Etienne Tshisekedi.
O trânsito ficou menos intenso e sem os engarrafamentos habituais nas paragens de autocarro. Para o transporte comum, apenas os carros Tansco do Governo e alguns veículos "Espíritos de Vida" e táxis eram visíveis nas ruas da capital.
Embora nenhum incidente tenha sido assinalado, os internautas têm um acesso limitado às redes sociais depois duma medida tomada pelas autoridades na véspera.
A oposição prevê igualmente um comício, a 20 de Agosto corrente, e apelos para a desobediência civil a partir de 1 de Outubro próximo. Todas estas manifestações fazem parte dum programa de acção anunciado ultimamente pela coligação da oposição radical para obter a partida do Presidente Kabila.
Contudo, a população de Kinhsasa continua ainda sob o choque dos eventos da véspera, quando se registou vários mortos em confrontos, nesta cidade e na província do Kongo Central, no sudoeste da RD Congo, entre forças da ordem e manifestantes identificados como adeptos do movimento politico-religioso Bundi Dia Kongo do deputado nacional e chefe espíritual Ne Muanda Nsemi.
Segundo o porta-voz do comandante-geral da Polícia, coronel Muanamputu Empung, 12 pessoas foram mortas em Kinshasa, incluindo quatro assaltantes e um polícia. Foram igualmente mortas duas pessoas em Matadi, na província do Kongo-Central.
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