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sábado, 16 de setembro de 2017

Tensão crescente para demissão de Jacob Zuma na África do Sul

A pressão sobe cada vez mais forte no sentido da demissão do Presidente sul-africano, Jacob Zuma, depois de os seus advogados julgarem "irracional" o facto de exigirem o abandono de 783 acusações retidas contra este último.

O seu advogado, Kem J.Kemp, declarou quinta-feira no Tribunal de Apelação que o seu cliente quer fazer novas observações antes de a Autoridade encarregue dos Processos Judiciais (NPA) decidir restabelecer ou não ações judiciais contra si, uma decisão que o Tribunal adiou.

No entanto, o principal partido da oposição, a Aliança Democrática (AD), declarou sexta-feira que se trata duma nova tática do grupo de avogados de Zuma.

"Nós esperamos que o Tribunal, no quadro do seu julgamento, lance luz sobre a forma como a Autoridade encarregue dos Processos Judiciais reagirá face ao relançamento das acções judiciais. É muito importante, não apenas para a DA, mas ainda mais para o povo sul-africano e o princípio de igualdade diante da lei", declarou um deputado da AD, James Selfe.

Acrescentou que, durante muito tempo, a elite política do ANC (Congresso Africano Nacional, no poder) foi autorizada a furtar-se a qualquer obrigação de prestar contas simplesmente por compadrio. É inadmissível. Todos os cidadãos devem responder pelas acusações que forem proferidas contra eles e isso deve ser válido para Jacob Zuma, indignou-se.

Do seu lado, o Congresso dos Sindicatos Sul-africanos afirma que a atitude dos advogados do Presidente Zuma favorece a demissão deste último e corroboram as acusações contra si.



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