Somos trabalhadores da Empresa Correios de Moçambique indignados e preocupados com a queda vertiginosa da empresa, desde que o actual Conselho de Administração, presidido pelo senhor Jessen, tomou posse.
Em apenas dois anos de mandato, este lastimável Conselho de Administração colocou a empresa numa crise sem precedentes. Um Conselho de Administração cujos administradores foram escolhidos a dedo, não pela competência, mas pela confiança e vassalíssimo demonstrado, tratando-se de verdadeiros “yes man”.
Desde o primeiro momento, ficou claro que o que movia o Presidente do Conselho de Administração (PCA) e a sua corja eram apenas interesses pessoais inconfessáveis.
A título de exemplo, a primeira preocupação do actual Conselho de Administração após a tomada de posse foi a compra de viaturas Ford Ranger para todos administradores e, para variar uma Toyota Fortuner para o presidente, todas elas último modelo. E isto acontece numa empresa deficitária, sendo que parte dos membros do Conselho de Administração, incluindo o presidente, vêm de mandato anterior no qual também beneficiaram de viaturas 0 km.
Actualmente, os salários são pagos obedecendo critérios absurdos e obscuros e dá-se prioridade a grupos propensos a fazer distúrbios como forma de lhes calar a boca. Do mesmo modo, são também bafejados pela sorte os protegidos do PCA, já que o nepotismo também tomou conta da empresa.
A cada dia, os trabalhadores são confrontados com revelações surpreendentes de como a empresa está ser mal gerida.
Eis alguns exemplos disso:
1. Utilização de 19 milhões de meticais do fundo de pensionistas do Estado, alegadamente para pagar salários, algo que se afigura falso já que a empresa sempre usou fundos próprios para o efeito.
2. Aplicação de 300.000 USD da primeira prestação da concessão do terreno anexo a sede de forma pouco clara.
3. Aluguer de viaturas à empresa MozaFleet em negociatas que ninguém sabe a quem beneficiam.
4. Viagens do Presidente dentro do país e exterior sem nenhuma mais-valia para Empresa, ficando claro que a intenção é embolsar somas avultadas em ajudas de custo.
A empresa não se rege por regulamento nenhum, sendo que o PCA manda e desmanda como bem lhe apraz. Na verdade, a arrogância e o desrespeito pelos trabalhadores tem sido a postura deste PCA, tratando-os como de seus empregados se tratassem.
Neste momento, a empresa encontra-se em tão maus lençóis que este “genial” Conselho de Administração decidiu tecer um plano diabólico e no mínimo ridículo, de modo que cada trabalhador deverá produzir o seu salário, a qualquer custo, mesmo que para tal não exista nenhum plano de acção, nem meios para alcançar a meta.
As finanças da empresa estão de tal forma desorganizadas que chega a faltar até o básico para o seu funcionamento.
Entretanto, são convocadas a toda hora reuniões para apresentar receitas e nunca se realizam reuniões de despesas para demonstrar como os fundos são aplicados. É caso para se dizer que a empresa está a saque.
E a terminar, a pergunta que não quer calar: até quando a corrupção e gestão danosa dos bens públicos continuarão perante o olhar condescendente de quem de direito?
*Divulgado anonimamente, a pedido do autor
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