A Justiça espanhola expediu nesta quinta-feira uma ordem de prisão imediata, sem fiança, para o ex-vice-presidente da Catalunha Oriol Junqueras e para sete ex-conselheiros do governo da região.
Todos são acusados pelos crimes de rebelião, insurreição e desvio de verbas públicas em relação ao processo separatista na Catalunha.
A juíza Carmen Lamela, que decretou a ordem, também estabeleceu uma fiança de 50 mil euros a Santi Vila para não ser preso.
Ex-conselheiro catalão de Empresa, ele renunciou ao posto antes de o Parlamento regional declarar unilateralmente a independência. Deste modo, a magistrada atendeu totalmente o pedido da Procuradoria Geral espanhola e determinou a prisão imediata, por risco de fuga e de reiteração de crime, de Junqueras e de sete dos oito ex-conselheiros que compareceram à Audiência Nacional espanhola, em Madri, para prestar depoimento, segundo fontes judiciais.
Além de Junqueras, vão para a prisão os ex-conselheiros Jordi Turull (Presidência), Josep Rull (Território), Meritxell Borràs (Governo), Raül Romeva (Relações Internacionais), Carles Mundó (Justiça), Dolors Bassa (Trabalho) e Joaquim Forn (Interior), sendo que Vila (Empresa) só ficará preso se não pagar a fiança.
A Procuradoria espanhola também pediu hoje a emissão de uma Ordem Europeia de Prisão e Entrega (OEDE) para o ex-presidente do governo regional catalão Carles Puigdemont e os quatro ex-conselheiros que não foram à audiência em Madri por rebelião, insurreição e desvio de verbas públicas.
Segundo fontes jurídicas, o pedido envolve, além de Puigdemont, os ex-conselheiros Antoni Comín (Saúde), Clara Ponsatí (Ensino), Lluís Puig (Cultura) e Meritxell Serret (Agricultura). O pedido tem como destino as autoridades da Bélgica, país para onde os cinco viajaram.
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