Cinco indivíduos, dos quais quatro fiéis de uma igreja, mantiveram uma jovem de 24 anos de idade em cárcere privado, durante 20 dias, para que fosse supostamente liberta de maus espíritos que a apoquentam, na cidade da Beira, província de Sofala. O quinto cidadão é o marido da vítima e, por via disso, ele e os restantes elementos encontram-se a contas a Polícia da República de Moçambique (PRM).
Os acusados, detido na passada segunda-feira (30), respondem pelos nomes de Fernando Paulo, de 19 anos de idade, Alves Samuel, de 20 ano, e Buramuge Furruma e Timóteo Fandique, de 21 e 30 anos, respectivamente.
Eles são membros de uma congregação religiosa denominada Ministério Jesus Liberta, localizada no birro Muave, no posto administrativo de Inhamízua, cidade da Beira.
Segundo a corporação, a jovem mantida em cárcere privado sofre de distúrbios mentais, que na óptica do marido dela e dos fiéis daquela igreja não passam de maus espíritos que devem ser expurgados.
A rapariga não só era mantida trancada na referida igreja, como também era amarrada os membros superiores e inferiores, alegadamente porque ela partia tudo o que estivesse ao alcance quando fosse acometida pelas crises psicológicas.
O marido da vítima, Fernando Alface, contou que quando a sua mulher começou a manifestar desequilíbrios de discernimento, o que ele considera de doença mental, os dois decidiram recorrer a um médico tradicional, o qual disse que a miúda estava sob domínio de um espírito que exigia que ela se transformasse numa curandeira, por isso, devia ser submetida a um tratamento para o efeito.
Na mesma altura, alguém teria informado ao casal que a igreja podia ser uma solução, bastando para tal que se aproximasse para receber a palavra de Deus.
Porque a jovem rejeitava o tratamento proposto pelo curandeiro, o casal passou a frequentar a igreja Ministério Jesus Liberta, por indicação das aludidas pessoas que já conhecia os seus supostos feitos de purificação espiritual.
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