Pelo menos cinco pessoas morreram nesta sexta-feira quando a polícia do Quénia tentou dispersar apoiantes que acompanhavam o líder opositor Raila Odinga do aeroporto ao centro de Nairóbi, disse a polícia.
A polícia disparou gás lacrimogéneo contra o comboio de viaturas no qual Odinga viajava e usou canhões de água para tentar impedi-lo de chegar ao principal bairro comercial da capital. Alguns manifestantes atiraram pedras contra os polícias. Dois veículos, incluindo um camião da polícia, foram incendiados.
Um fotógrafo da Reuters viu dois corpos com ferimentos de bala enquanto policiais e manifestantes enfrentavam-se numa das principais ruas de acesso ao bairro comercial.
A polícia disse que cinco pessoas morreram apedrejadas por multidões enfurecidas depois de serem flagradas roubando, e negou ter usado força excessiva contra os apoiantes da oposição.
“Estes incidentes ocorreram antes de a polícia chegar aos vários locais”, disse o serviço da polícia em um comunicado.
Os agentes recuaram várias vezes ao longo do caminho ao ver que os manifestantes não se intimidaram com o gás lacrimogêneo e os canhões de água.
Eles acabaram se entrincheirando perto do principal parque da cidade, onde Odinga, que acabava de voltar dos Estados Unidos, pretendia discursar em um evento que foi proibido. Ele culpou o presidente queniano, Uhuru Kenyatta, pela violência.
“A minha raiva é desse sujeito chamado Uhuru Kenyatta. Fui para o exterior... depois de vocês me receberem tão bem, ele enviou policiais para lançar gás lacrimogéneo contra vocês, para espancar meu povo, para baleá-lo. Isso não é bárbaro?”, indagou aos seus apoiantes depois de se colocar em segurança.
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