Os nossos leitores elegeram as seguintes Xiconhoquices na semana finda:
Jogo das lendas
É preocupante o nível de ganância no seio dos indivíduos que estão por detrás dos eventos desportivos no país. A partida de futebol envolvendo as antigas glórias da Selecção Nacional de futebol, “Mamba legends”, e as lendas do Barcelona, realizado no sábado passado (11 de Novembro), no Estádio Nacional de Zimpeto, era uma oportunidade única para os moçambicanos assistirem um excelente espectáculo e matar saudades de ver grandes estrelas da bola. Porém, um grupo de sujeitos que só pensam em lucros decidiu fazer do evento uma oportunidade para aumentar alguns zeros nas suas contas bancárias. O resultado disso não podia ser outra coisa, senão uma vergonha de proporções astronómicas. Esse bando de aproveitadores encareceu o preço dos ingressos, proibindo, assim, centenas de moçambicanos a fazerem-se ao Zimpeto para ver aqueles que outrora foram grandes craques da bola. Quanta Xiconhoquice!
Compra de aviões
Por alguma carga de água, o Governo moçambicano decidiu adquirir uma aeronave Challenger 850, que está associada à aquisição de dois outros Bombardier Q400, em “leasing”, para reforçar a frota da falida companhia moçambicana, as Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), minimizando o défice de aeronaves. Na tentativa de lançar areia para os olhos dos moçambicanos, o ministros dos Transportes e Comunicações, disse que a aeronave executiva Bombardier, modelo Challenger 850, com capacidade para 15 passageiros, não foi adquirida para o uso específico do Presidente da República. A aeronave custou aos cofres do Fundo de Desenvolvimento dos Transportes (FTC) 560 milhões de meticais, cerca de um quinto do que o Governo tem estado a investir nos últimos anos em transporte público de passageiros. O mais caricato é que o Governo de Nyusi está preocupado em resolver o problema do Presidente da República, ignorando o da maioria da população que viajam em carrinhas de caixa aberta.
Destruição de mural de Malangatana
O Centro de Estudos Africanos da Universidade Eduardo Mondlane (UEM) decidiu construir uma casa de banho, porém, para tal, um indíviduo com problemas culturais visíveis, ligado à Direcção de Obras da UEM, autorizou que os canalizadores que reparavam uma das casas de banho fizessem uma escavação com um escopro sobre um mural do artista plástico Malangatana Nguenha. O mais revoltante é que, fizeram atravessar sobre o mural perfurado um tubo de esgoto para drenar águas negras que vêm das duas casas de banho, numa clara demonstração de falta de civismo. É caricato quando uma universidade com a dimensão e o prestígio que tem como a UEM se submete ao acto de vandalismo contra o património artístico e cultural dos moçambicanos. Que Xiconhoquice!
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