O projecto de Eduardo Mondlane, em Moçambique, ainda continua sendo um sonho difícil de se alcançar. Refiro-me à unidade nacional. Essa conclusão ocorre-me devido a intolerância política entre nós os moçambicanos. Reina o espírito de aniquilar o outro cujo ser e o pensar são diferentes! Fala-se de paz mas, na verdade não há paz no país.
O chefe do Estado, Filipe Nyusi, é um homem que nos seus discursos encanta o povo. Aparenta ter boas ideias com o objectivo de unir os moçambicanos e trazer uma paz efectiva no país. Em contrapartida, o homem só fala bonito, não age. Já estamos sacturados pelo seu palavreado. Estamos enfadado pelos seus discursos promissores que nunca chegam a ter impacto na vida real. São discursos ilusórios.
Outrora Sua Excelência Senhor Presidente da Republica queixava-se das reclamações do povo moçambicano. Dizia que os moçambicanos deviam apresentar soluções. Hoje, os moçambicanos avançam soluções que possam resgatar o país do abismo. Contudo, o chefe do Estado, só fala, não age. O que me espanta é que Ele é de Cabo Delgado. Não é de Sofala! Mas O PR só fala, não age.
O povo já está cansado de promessas. O povo quer acções. Sua Excelência Senhor Presidente da República de Moçambique, deve deixar de falar e agir.
Segundo a nossa Constituição o PR é o mais poderoso do país mas, no caso concreto do senhor Filipe Nyusi, parece não ter poder suficiente para agir. O que é que se passa?
Em muitos sítios donde tem passado, no contexto das suas visitas presidenciais, tendo constatado imensas e insuportáveis irregularidades, não age só fala!
Excelentíssimo Senhor Presidente da República, o futuro dos moçambicanos depende muito das suas decisões. O adiamento de uma decisão (seja qual for) significa adiamento do sonho de 27 milhões de moçambicanos.
O povo “confiou-lhe” o poder para conduzi-lo a um bom porto. Agora para onde é que vamos? Que destino Moçambique está levando com todos esses tripulantes corruptos, incompetentes, arrogantes, criminosos que continuam impunes a luz da lei?
Após o 11º congresso da FRELIMO, algumas expectativas do povo eram: ver a remodelação do seu executivo; a afinação da máquina administrativa para melhor servi-lo; uma sequência de exonerações de todos os incompetentes e corruptos que inviabilizam o bom funcionamento do aparelho do Estado; a revitalização do sector de justiça; a responsabilização dos que delapidaram e dos que continuam delapidando os fundos do Estado.
À luz dos acontecimentos, parece que essas mesmas pessoas que Sua Excelência vai incubado, acobertando, já descobriram o truque! O PR só fala, não age. E, vão pilhando de tudo e de menos nada daquilo que pertence ao povo.
Excelentíssimo Senhor Presidente da Republica, o cinto está mais apertado para o povo mais do nunca esteve antes. O povo já não aguenta! Um dia vai explodir. E quando se espalhar o executivo não poderá mais ajunta-lo. Será que nem uma praga! Será uma acção divina! O Homem é mau de natureza, a sociedade é que o molda. Aceitar ser governado, é vontade própria do povo, mas quando o mesmo decidir se rebelar contra o governo, as coisas serão mais péssimas do que nos dias 1 e 2 de Setembro de 2010. Se uma pessoa decidir não obedecer as ordens de um tirano, com as medidas coercivas levados a cabo pelo mesmo, ela pode até preferir a morte invés de assumir a vontade do tirano.
A decisão do 11º congresso da FRELIMO de defender uma “Liberdade Económica” parece muito boa. Só que ela chega num momento em que o nosso país é acusado de uma divida ilegal e sujeito a sanções que culminam com a retirada da ajuda externa. Invés de o executivo procurar responsabilizar as pessoas abordadas pelo Relatório Kroll, aquelas cujos nomes aparecem em anonimato, que através dos postos que exerciam, são fáceis de identificar, procura amealhar dinheiro para a execução dos seus programas no lugar errado. Aperta o cinto para povo! O mesmo povo que ontem, quando as coisas eram “mares de rosas”, vivia de migalhas, que nada tem, hoje é solicitado a contribuir, pagando muitos impostos. Ai, que sufoco!
Enquanto o futuro dos moçambicanos depende das decisões do PR, a continuidade do seu executivo depende do bom senso do povo. Por isso, nessa reciprocidade de relacionamento, há que haver compreensão mútua.
Os blindados, a FIR, as FDN, a PRM, a PM, poderão não ser suficientes para obrigar o povo a ser obediente no dia do profeta Malaquias. O homem terá se despido do ser social optando pelo regresso ao estado selvagem. Será o ponto mais alto da ebulição do povo! Tomara que esse dia não chegue.
Por Julio Khosa
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