O presidente de Honduras, Juan Orlando Hernández, candidato do governante Partido Nacional, foi o vencedor das eleições gerais de 26 de Novembro, segundo indicou nesta segunda-feira a conclusão de uma contagem especial de 1.006 atas inconsistentes após uma jornada de 14 horas que começou no domingo.
Com 99,89% do total das atas eleitorais processadas, Hernández venceu com 42,98% dos votos, contra 41,39% de Salvador Nasralla, candidato da Aliança de Oposição contra a Ditadura, que já disse que não aceitaria o resultado porque foi fruto de uma "fraude".
O presidente do Tribunal Supremo Eleitoral (TSE), David Matamoros, deu por concluída a apuração especial de maneira simbólica às 5h (horário local), quando faltavam ainda 20 atas eleitorais no cômputo final de 18.128. O apuramento aconteceu em pleno estado de excepção decretado na sexta-feira.
Nesse sentido, Matamoros agradeceu às dezenas de observadores nacionais e da União Europeia (UE) e da Organização de Estados Americanos (OEA) que participaram da apuração especial.
Sobre a revisão de 5.179 atas exigidas pela Aliança de Oposição, nas quais segundo Nasralla aconteceu a "fraude" que "se forjou no Tribunal Eleitoral", Matamoros indicou que seguem dialogando para buscar uma resposta à sua reivindicação.
O presidente do TSE acrescentou que os resultados registrados não são uma declaração oficial do novo presidente eleito de Honduras e que ainda faltam várias mesas a apurar nos pleitos envolvendo deputados e presidentes municipais. "O que temos são os resultados do processo", comentou Matamoros.
Os hondurenhos votaram no dia 26 de Novembro para eleger um presidente, três vice-presidentes, 128 deputados para o Congresso local, 20 para o Parlamento Centro-Americano e 298 presidentes de Municípios.
Os pleitos transcorreram com normalidade, mas na quarta-feira, quando por uma "queda do sistema" o site deixou de actualizar informação justamente quando Hernández começou a abrir vantagem sobre Nasralla, depois de estar cinco pontos abaixo, o candidato da Aliança de Oposição começou a falar de "fraude".
Isso marcou o início de várias manifestações violentas entre quarta-feira e sexta-feira, com incidentes de vandalismo registados em várias cidades do país que deixaram perdas milionárias.
Meios de comunicação locais também informaram que pelo menos sete pessoas morreram durante as manifestações.
Na sexta-feira, o governo decretou o estado de emergência que restringe a circulação de pessoas, e que regerá durante dez dias, enquanto Nasralla veio reiterando que o triunfo que, segundo ele obteve nas eleições, será defendido nas ruas.
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