A Rússia foi banida da Olimpíada de Inverno de Pyeongchang em 2018, depois do surgimento de evidências de doping generalizado, mas alguns de seus atletas terão permissão para competir sob a bandeira de “atleta olímpico da Rússia”, informou o Comité Olímpico Internacional(COI) nesta terça-feira.
O COI também decidiu suspender o presidente do Comité Olímpico Russo (ROC), Alexander Zhukov, como membro do COI, uma vez que sua associação à entidade internacional está vinculada à sua posição como chefe do ROC, que foi suspenso dos Jogos.
Zhukov disse que os atletas russos vão recorrer à Corte Arbitral do Esporte contra a decisão do COI, segundo a agência de notícias R-Sport.
O vice-primeiro-ministro da Rússia, Vitaly Mutko, também foi banido de qualquer participação futura nos Jogos Olímpicos.
O COI disse em conferência de imprensa que o relatório de Schmid confirmou “a manipulação sistemática das regras e sistemas antidoping na Rússia”.
Samuel Schmid, autor do relatório, disse aos jornalistas: ”Os resultados não se baseiam apenas no testemunho de Grigoory Rodchenkov (denunciante). Existem provas científicas, documentos de declarações de testemunhas e correspondência.
“Os factos são que, na Rússia, houve manipulação sistémica de doping e do sistema antidoping... que também ocorreu em Sochi 2014 (Jogos Olímpicos de Inverno).”
A decisão do COI ocorre 18 meses após a entidade ter recusado uma proibição total para atletas russos na Rio 2016 e ter dito às federações desportivas internacionais que decidissem individualmente sobre a participação de russos no Brasil.
Embora os representantes de atletismo e levantamento de peso tenham sido banidos da Rio 2016, cerca de 70 por cento da equipe original de 387 atletas da Rússia participaram dos Jogos de 2016.
A decisão de terça-feira, no entanto, parece ter levado em conta os crescentes protestos de outros países, de grandes agências nacionais antidoping e de atletas que se sentiram roubados pelos seus oponentes russos por anos e exigiram uma suspensão total da Rússia.
Alexei Kravtsov, presidente da União Russa de Patinagem, protestou: “A decisão do COI é ofensiva e insultante. É completamente injustificada. Considero que esta decisão irá dar um grande golpe a todo o movimento olímpico.”
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