O governo da República do Congo concordou neste sábado com um cessar-fogo com rebeldes na região sudeste de Pool, interrompendo um conflito de 15 anos que grupos de direitos humanos afirmam ter custado dezenas de vidas e forçado dezenas de milhares a fugirem.
A violência política aumentou no país produtor de petróleo da África Central após uma contestada eleição presidencial em abril de 2016 ter sido vencida pelo presidente Denis Sassou Nguesso, que comandou o país por 33 dos últimos 38 anos.
Uma milícia liderada por Frederic Bintsamou, mais conhecido como Pastor Ntumi, que lutou contra Sassou Nguesso durante e após a guerra civil de 1997, tem sido culpada pelo governo por ataques fatais às bases da polícia, do exército e do governo, e tem também interrompido o comércio da região de Pool com bloqueios.
Em resposta, o governo bombardeou a região de Pool, incluindo um ataque com helicóptero no ano passado a uma área residencial que, segundo a Anistia Internacional, matou pelo menos 30 pessoas.
O conflito forçou dezenas de milhares a deixarem suas casas e gerou alegações de abuso pelas tropas governamentais por parte de grupos de direitos humanos.
Os rebeldes de Ntumi, chamados de Ninja, lutam contra o governo do Congo desde 2002 e têm buscado acabar com a intervenção militar governamental na região de Pool.
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