O Hospital Central de Maputo (HCM) antevê momentos de agitação nos serviços de urgência na época do ano quente que se avizinha e, consequentemente, um aumento de doenças tais como a malária e as diarreias. Para evitar afluência desmedida e lufa-lufa nos corredores de diferentes departamentos da maior unidade sanitária do país, apela para a observância de medidas de prevenção, ao mesmo tempo que assegura já estarem criadas as condições para lidar com eventuais casos.
O director-geral daquele hospital, Mouzinho Saíde, disse à imprensa, na segunda-feira (13), que no inverno o HCM atende entre 700 a 1.300 doentes/dia. No verão, o número eleva-se para 1.500/dia, o que causa pressão nos serviços de urgência.
Para evitar que os pacientes se enfileirem e alguma “demora no atendimento”, no semestre passado houve contratação de 50 médicos para os serviços de urgência, quer os reservados a adultos, quer os de pediatria, assegurou a fonte.
O HCM devia atender, em princípio, doentes referenciados e/ou transferidos de outras unidades sanitárias, mas presta assistência a pacientes provenientes de todos os lados do país, o que cria enchentes. “Por ano recebemos 2.000 pacientes provenientes das províncias”.
Na sua alocução, Mouzinho Saíde afirmou que na unidade que dirige ainda persistes problemas relacionados com o “mau atendimento e as cobranças ilícitas”.
Os mentores desta prática, de todo em todo repudiável, estão a ser combatidos, na perspectiva da fonte que temos vindo a citar, a qual salientou que já não há doentes a receberem cuidados de saúde no chão em diferentes enfermarias do HCM.
“Temos 600 médicos, dos quais cerca de 300 são especialistas”, disse Mouzinho Saíde, para quem no hospital que dirige morrem diariamente entre 10 a 11 pacientes, contra 13 a 14, em 2016. “É um número de óbitos aceite” nos padrões internacionais “para um hospital de nível quaternário”.
A deterioração do quadro clínico de doentes com o HIV é uma das maiores causas de morte, ao contrário da malária que, pese embora o número casos esteja a aumentar, os óbitos tendem a reduzir.
Mouzinho Saíde falava no primeiro encontro com os órgãos de informação, o qual visava discutir a melhor forma de articulação entre as partes para o alargamento da divulgação do trabalho feito pelo maior hospital do país.
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