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terça-feira, 7 de agosto de 2018

MINEDH longe de concretizar construção das 4.500 salas de aulas previstas no PQG

O director nacional de infra-estruturas e equipamento escolar, no Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH), diz que até a abertura do ano lectivo 2019 haverá um défice de pelo menos 590 salas de aulas, devido a alguns constrangimentos que não permitem que parte das infra-estruturas programadas tenha sido concluída até essa altura.

Antonino Grachane justifica o défice de infra-estruturas em alusão com os atrasos na edificação, devido a várias questões, tais como o abandono de determinadas obras pelos empreiteiros, a demora no desembolso do financiamento, as dificuldades de acesso aos locais onde os estabelecimentos de ensino devem ser erguidos, nas zonas rurais sobretudo.

Falando a jornalistas, à margem abertura da “Reunião Nacional de Infra-estruturas e Equipamentos Escolares”, que decorre em Maputo, desde segunda-feira (06), a fonte avançou que a construção de salas de aulas é largamente financiada pelo Fundo de Apoio ao Sector da Educação (FASE).

A ministra Conceita Sortane disse que até ao fim do presente ano a instituição que dirige espera concluir 2.854 salas de aulas (63,4%), das 4.500 previstas Programa Quinquenal do Governo (PQG).

Significa que faltarão 36,6% por executar, nos derradeiros 12 meses do actual Governo, o que levanta algumas dúvidas em relação à possibilidade de cumprimento da meta.

É que, se em três anos e sete meses do actual Governo não foi possível realizar 63% das salas programadas, fica difícil crer que em um ano do fim do mandato sejam concretizados os restantes mais de 36%.

“Para 2019, temos um défice de 590 salas de aulas”, disse Antonino Grachane, para quem estão a ser traçadas estratégias para até ao fim do mandado do actual Governo terem sido erguidas as 4.500 salas. Ele optou em não se referir aos montantes envolvidos neste trabalho.

Segundo a fonte, o défice de salas de aulas é mais preocupante na cidade Matola, província de Maputo; na Zambézia e em Nampula. Entre 2017 e 2018, o MINEDH planificou a edificação de 1.000 salas, as quais se tudo correr conforme o planificado “em princípio estarão prontas em finais de Setembro próximo”.

À semelhança do que tem acontecido todos os anos, no próximo ano, milhares de crianças vão estudar ao relento por conta da falta de infra-estruturas. Segundo Conceita Sortane, “a criança ao ar livre e sentada no chão, ou numa sala de aulas mas sentada no chão”, bem como o professor a leccionar debaixo de uma árvore e sem mesa ou secretária não têm ambiente apropriado”.

O MINEDH tem a ambição de construir escolas completas, com espaços funcionais, nomeadamente académicos, administrativos, desportivos, de lazer e residências para os professores, bem como edificar “sanitários que respondam às preocupações de saúde dos alunos, em especial da rapariga”. Todavia, “as actuais limitações de recursos financeiros não nos permitem concretizar esta pretensão”, disse a ministra.



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