O ex-secretário-geral da ONU e vencedor do prémio Nobel da Paz, o ganês Kofi Annan, morreu neste sábado, aos 80 anos, segundo confirmações de fontes da família à imprensa local.
Na conta oficial do Twitter de Annan, os seus familiares publicaram uma mensagem na qual confirmaram que a morte aconteceu após o ex-secretário passar por tratamento num hospital da Suíça.
No entanto, a família de Annan não divulgou a doença que acometeu o antigo líder das Nações Unidas e pediu "privacidade neste momento de luto".
"Com grande tristeza, a família Annan e a Fundação Kofi Annan anunciam que Kofi Annan, antigo secretário-geral da ONU e prémio Nobel da Paz, foi em paz neste sábado, 18 de agosto, após uma curta doença", explicaram os familiares.
"A sua esposa, Nane, e os seus filhos, Kojo, Ama e Nina, estiveram ao seu lado durante os seus últimos dias", acrescenta a mensagem.
A Organização Internacional para as Migrações (OIM), agência da ONU, também divulgou a notícia e lamentou "a perda de um grande homem, um líder e um visionário". "Uma vida bem vivida, uma vida que merece ser celebrada", acrescentou a instituição na sua conta do Twitter.
Annan manteve-se em actividade até os seus últimos dias, liderando a delegação da ONG The Elders, fundada por Nelson Mandela, que esteve no Zimbabwe durante o processo eleitoral no final de Julho.
O primeiro líder subsaariano da ONU entrou na organização em 1962 e chegou à Secretaria-Geral em 1997, função que desempenharia até 2006. Enquanto esteve à frente da organização, iniciou um programa para reformar a instituição e impulsionou o apoio da comunidade internacional à África e à luta contra a Sida.
Em 2001, Annan foi agraciado com o prémio Nobel da Paz junto à ONU pelo "seu trabalho por um mundo melhor organizado e mais pacífico".
"Kofi Annan era filho do Gana e sentia uma responsabilidade especial em relação a África. Ele estava particularmente comprometido com o desenvolvimento africano e profundamente engajado em muitas iniciativas, incluindo a sua presidência do Africa Progress Panel e sua liderança inicial da Aliança por uma Revolução Verde em África (AGRA)", acrescenta a nota.
Onde quer que houvesse sofrimento ou necessidade, prossegue, "ele estendia a mão e comovia muitas pessoas com a sua profunda compaixão e empatia". "Ele desinteressadamente colocou os outros em primeiro lugar, irradiando bondade genuína, calor e brilho em tudo o que ele fez. Ele fará muita falta a muitos em todo o Mundo, bem como à sua equipa na Fundação e aos seus muitos ex-colegas no sistema das Nações Unidas. Ele permanecerá nos nossos corações para sempre", conclui o documento.
Ele nasceu em Kumasi, a segunda maior cidade do Gana, em 1938, e estudou economia no Macalester College, relações internacionais no Graduate Institute de Genebra e gestão no MIT.
Ingressou na ONU em 1962, através do escritório da Organização Mundial da Saúde (OMS), antes de ocupar várias outras funções na sede da ONU, em Nova Iorque, incluindo a de Secretário-Geral adjunto para para as Operações de Manutenção da Paz, entre março de 1992 e dezembro de 1996.
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