Depois muita relutância em aceitar a exclusão de Venâncio Mondlane, das eleições autárquicas de 10 de Outubro próximo, a Renamo caiu em si, finalmente, e apresentou à imprensa, na quarta-feira (19), em Maputo, o cabeça-de-lista substituto. Trata-se do general Hermínio Morais.
Na sequência da reprovação do primeiro recurso que produziu o Acórdão 8/CC/2018, de 3 de Setembro, o maior partido da oposição em Moçambique intentou, sem êxito, um segundo recurso para salvar a candidatura de Venâncio Mondlane.
O partido ignorou o número 1 do artigo 247 da Constituição da República, que estabelece que “os acórdãos do Conselho Constitucional são de cumprimento obrigatório para todos os cidadãos, instituições e demais pessoas jurídicas, não são passíveis de recurso e prevalecem sobre outras decisões”.
O mandatário da Renamo, André Magibire, reiterou em declarações a jornalistas que o afastamento de Venâncio Mondlane é uma perseguição encetada pelos outros partidos [Frelimo e MDM], na qualidade de adversários.
A “perdiz” considera ainda que houve o que classifica como “má interpretação da lei e violação de alguns princípios da Constituição da República” pela Comissão Nacional de Eleições (CNE).
André Magibire, disse que, apesar de ter sido preterido da corrida eleitoral, Venâncio Mondlane deverá trabalhar em articulação com Hermínio Morais e foi indicado porta-voz do partido para este período eleitoral.
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