Apesar de a África do Sul ter suspendido a proibição do consumo de frangos e seus derivados, bem como de carnes frias das marcas entreprise e rainbow, por conta do surto de uma doença denominada listeriose, as autoridades moçambicanas mantêm o impedimento e restrição na importação. A Inspecção Nacional das Actividades Económicas (INAE) disse que ainda não foi notificada pelos ministérios da Saúde (MISAU) e da Agricultura e Segurança Alimentar (MASA) para liberar a venda desses alimentos.
A listeriose vergastava a África do Sul desde Janeiro de 2017. Em Março deste ano, o Governo de Moçambique proibiu a importação e o consumo de salsichas, palones e fiambre de frango. Na semana passada, o ministro da Saúde da África do Sul, Aaron Motsoaledi, disse que a doença que matou 216 pessoas tinha ficado para a história.
Na segunda-feira (10), a porta-voz da INAE, Virgínia Muianga, afirmou que está a par da suspensão decretada pela África do Sul.
Porém, a instituição a que está afecta está à espera de um documento oficial emitido pelos ministérios da Saúde e Agricultura e Segurança Alimentar indicando o ponto de situação da doença em Moçambique.
Segundo a fonte, aquando da interdição, o MISAU e o MASA, bem como os serviços veterinária notificaram a INAE sobre a necessidade e fiscalizar e retirar das prateleiras dos estabelecimentos comerciais frangos, polony, salsichas e fiambre de frango pertencentes às empresas sul-africanas Enterprise Foods e Rainbow Chicken.
Virgínia Muianga assegurou que, até ao momento, a INAE não recebeu qualquer expediente daquelas entidades sobre o assunto. Por isso, tal como no princípio, “estamos à espera para receber, de novo e de uma forma oficial” um documento a indicar que a medida deve ser suspensa.
Ela esclareceu que a fiscalização continua (...) e acredita que se as autoridades que decretaram a proibição ainda não deram luz verde é porque os derivados abrangidos pela medida “não está a entrar em Moçambique (...)”. Significa, também, que os serviços veterinários “também não suspenderam a medida”.
A fonte falava à imprensa com o propósito de dar a conhecer o trabalho levado a acabo, nos últimos dias, pela instituição a que está a afecta. A explicação em torno da carne processada, palones e salchichas e outros enchidos foi em resposta às perguntas de jornalistas.
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