Um jovem angolano foi surpreendido pela Polícia moçambicana na posse de poucos mais de 16 quilogramas de cocaína, na manhã de segunda-feira (10), no Aeroporto Internacional de Maputo. Este é apenas um dos vários casos que têm sido detectados naquelas instalações de chegada e partida de aviões.
De acordo com informações fornecidas pelo porta-voz do Comando da Polícia da República de Moçambique (PRM), em Maputo, Leonel Muchina, o estupefaciente estava dissimulado em várias bobinas de viaturas.
O angolano, de 36 anos de idade, identificado pelo nome de Afonso Estêvão João, partiu de São Paulo, no Brasil, para Lisboa, em Portugal. Deste país escalou Moçambique, onde a sua viagem terminou no aeroporto que anteriormente nos referimos.
A droga foi descoberta durante uma fiscalização de rotina às bagagens. O suspeito alegou que, chegado a capital moçambicana, a encomenda devia ser entregue à irmã do seu amigo, a pedido deste. Mas não tinha informações de que se tratava de droga, mas sim, de peças de carros.
Refira-se que a 17 de Agosto passado, um outro jovem de 32 anos de idade, a namorada, cuja idade não apurámos, e o filho dela de 19 anos – todos de nacionalidade portuguesa – foram detidos naquele aeroporto, por suspeita de tráfico de droga não especificada, a qual era transportada a partir do seu país de origem.
O Aeroporto Internacional de Maputo é considerado um dos principais pontos de trânsito de tráfico de drogas pesada. O Governo moçambicano admite tal facto e, recentemente, a porta-voz do Conselho de Ministros, Ana Comoana, disse que, em 2017, foram aprendidas 7,6 milhões de quilogramas de cannabis sativa, vulgo soruma, e 21 mil quilogramas de cocaína.
Esta quantidade não só justifica a necessidade de haver “maior atenção à prevenção e combate ao tráfico de drogas”, de acordo com a fonte, como igualmente sugere que é preciso “reforçar a capacidade do Governo e as medidas de vigilância (...)”.
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