Nove funcionários afectos ao Hospital Central de Nampula (HCN) e dois agentes económicos encontram-se detidos, na semana finda, por alegado desvio de pouco mais de 2.567.000 meticais. Deste valor, apenas 663 mil foram recuperados e Nampula está a tornar-se um antro de funcionários desonestos.
O Gabinete Provincial de Combate à Corrupção de Nampula (GPCC) garante que, durante o saque, parte do dinheiro era canalizada para as contas bancárias dos próprios indiciados e outra para contas de cidadãos alheios àquela unidade sanitária. Os agentes económicos são exemplo disso.
O caso estava sob investigação desde 2017, tendo já sido aberto um processo com o número 178/2017, remetido às autoridades judiciais para os passos subsequentes.
O porta-voz do GPCC de Nampula, Fredy Jamal, disse que dos nove funcionários do HCN, sete operavam os o e-SISTAFE e deles faz parte o chefe de contabilidade.
O e-SISTAFE é uma plataforma electrónica através da qual o Estado procede ao pagamento de salários, ajudas de custos, contratos públicos, fornecimento de bens e prestação de serviços.
O e-SISTAFE é operado por diferentes funcionários e cada um com as suas funções.
Mas os saques do erário são constantes, em particular na província de Nampula, onde em Junho passado seis funcionários afectos à Escola Primária e Completa de Mutaunha também recolheram aos calabouços, acusados de corrupção, facto que lesou o Estado em cerca de dois milhões de meticais. Eles falsificação de documentos e alteração de categorias profissionais com vista a auferirem, fraudulentamente, salários acima dos que tinham por direito, entre 2014 e 2016.
Os acusados entraram em conluio com outros dois trabalhadores, sendo um ligado ao sistema de pagamento de salários e outro dos recursos humanos, aos quais pagaram suborno como forma de se manterem calados.
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