O Comité de Política Monetária(CPMO) do Banco de Moçambique relaxou um bocado a política monetária restritiva que tem estado a implementar desde 2016 porém o ano vai findar com as taxas de juro acima dos 22 por cento e o dólar ultrapassando os 61 meticais.
Reunida pela última vez este ano o CPMO decidiu: “Reduzir em 75pb a taxa de juro de política monetária, taxa MIMO, para 14,25 por cento; Reduzir em 75pb a taxa de juro da Facilidade Permanente de Cedência de Liquidez (FPC), para 17,25 por cento; Reduzir em 75pb a taxa de juro da Facilidade Permanente de Depósitos (FPD), para 11,25 por cento; Manter o coeficiente de Reservas Obrigatórias para os passivos em moeda doméstica em 14 por cento; e Manter o coeficiente de Reservas Obrigatórias para os passivos em moeda estrangeira em 27 por cento.”
No entanto o Banco de Moçambique, que ao contrário da prática não fez conferencia de imprensa para anunciar estas decisões, alerta que “O nível de actividade económica continua baixo” e que “A conta corrente da balança de pagamentos registou um agravamento”.
Um alerta que mostra pouca evolução comparativamente a Dezembro de 2017 quando o banco central assinalou que “a actividade económica continua fraca” e ainda contrasta com o discurso optimista do Presidente Filipe Nyusi que chegou mesmo a anunciar “o início do pós-crise” em Moçambique.
Estará a contribuir para a retração da economia o elevado custo do dinheiro que embora não esteja nos 30 por cento de há 12 meses as taxas de juro a retalho vai fechar o ano nos 22,79 por cento.
Relativamente a conta corrente o BM refere que no terceiro trimestre de 2018 registou-se um aumento em 871 milhões de dólares norte-americanos, “a reflectir o crescimento, não só das importações de bens de consumo intermédio, como também dos pagamentos de serviços ao exterior, relacionados com a actividade dos grandes projectos”.
Pouco animador para economia é também a depreciação do metical que fechou o ano de 2017 nos 59,36 meticais face ao dólar norte-americano mas vai terminar 2018 nos 61,48 meticais.
A saber que semântica o Presidente da República vai usar na próxima semana quando for a Assembleia da República realizar o seu quarto Informe sobre o Estado da Nação.
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