O Fundo Monetário Internacional (FMI) projecta um crescimento económico, para Moçambique, entre 4 e 4,7 por cento, no próximo ano, segundo indicou, na quarta-feira, 12 de Dezembro, em Maputo, o representante residente desta instituição, em Moçambique.
Ari Aisen, que falava à margem de uma palestra, promovida pela Escola Superior de Altos Estudos e Negócios – ESAEN, uma unidade orgânica da Universidade Politécnica, sob o tema: “A Conjuntura Económica Internacional e Potenciais Impactos nas Economias Emergentes e de Moçambique”, sustentou que o desempenho da economia moçambicana, em 2019, vai depender, em parte, da Decisão Final de Investimentos (FID) das empresas no sector de gás, na bacia do Rovuma, na província de Cabo Delgado.
O representante residente referiu, igualmente, que aliado a este factor, o pagamento aos fornecedores e o contínuo relaxamento cauteloso de uma política monetária podem favorecer o aumento de crédito, assim como a manutenção da paz, que é um elemento central no projecto do crescimento económico do país.
A Decisão Final de Investimentos sinaliza, conforme argumentou Ari Aisen, o grande potencial que Moçambique tem e que poderá catapultar o crescimento da economia para 4,7 por cento.
O orador alertou sobre os riscos que as economias da África subsariana têm, e que podem ser externos, como os preços do carvão e do alumínio, que se espera que não tenham declínio no mercado internacional. Apontou ainda para os factores de risco climáticos, que podem pressionar a política fiscal e económica, tendo, por consequência, recomendado para a observância de uma disciplina fiscal acentuada.
“Recomendamos uma disciplina fiscal neste processo, para evitar situações de agravamento, depreciação e inflação da moeda, quando comparado com o que o País registou no ano passado, com o Produto Interno Bruto (PIB) a registar uma subida de 3,5 pontos percentuais, em 2018, para 4.7 por cento, como projecção em 2019”, disse Ari Aisen.
A inflação também registou uma estabilidade, com o registo de 6.5 pontos percentuais, em 2018, e projecta-se 5,5 pontos percentuais para 2019. A taxa de câmbio, segundo Ari Aisen, continuará estável em 2019. Abordado momentos após a palestra, Narciso Matos, Reitor da Universidade Politécnica, disse ter tirado várias ilações da apresentação feita pelo representante do FMI em Moçambique, particularmente no que se refere às projecções do ano económico de 2019.
Sobre o evento, Narciso Matos explicou que se insere no novo ciclo de palestras, que visa orientar os estudantes da maior universidade privada do País, o corpo docente e convidados, sobre as dinâmicas da economia nacional e suas directrizes.
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