Coordenador interino da Renamo, Ossufo Mamade, diz que o “Memorando de Entendimento Sobre Assuntos Militares” prevê a nomeação de 14 oficiais superiores e generais do seu partido, para as Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), e não três conforme anunciou o ministro da Defesa Nacional, Atanásio M’tumuke.
A par da posição tomada por José Manteigas, porta-voz daquela formação política, na semana finda, Ossufo Mamade disse que “a Renamo submeteu ao Governo nomes de 14 oficiais generais que foram patenteados pelo Presidente da República [Filipe Nyusi], a 16 de Agosto deste ano. O país aguarda pelo seu enquadramento nos sectores previamente acordados.”
Há uma semana, Atanásio M’tumuke nomeou interinamente três oficiais generais da “perdiz” para as funções de directores dos departamentos de Operações, de Informações Militares e de Comunicações. Supostamente, contrariou o acordo sobre “Assuntos Militares” assinado com o Governo a 06 de Agosto último.
“Preocupa-nos o facto de o ministro da Defesa Nacional pretender ignorar e desrespeitar o Memorando de Entendimento, o que dá a entender a existência de dois comandos no seio das Forças de Defesa e Segurança”, afirmou Momade.
Falando para os jornalistas baseados em Maputo, na terça-feira (18), numa teleconferência, o general apelou ao Chefe do Estado para corrigir a situação e pediu “celeridade nos passos subsequentes.”
Segundo a Renamo, os 14 oficiais superiores e generais devem ser nomeados para dirigirem “três departamentos do Estado-Maior General, uma brigada, dois batalhões independentes, quatro repartições do Exército, dois Estados-Maiores de Brigadas e dois batalhões independentes.”
Desse grupo, apenas três já foram indicados provisoriamente. Atanásio M’tumuke justificou que está a cumprir acordo com a Renamo conforme a vontade do seu falecido líder Afonso Dhlakama.
“Ser interino não significa não ser um oficial” das FADM. “Os outros podem andar a falar e isso é muito normal”, mas o certo é que “estamos à espera a lista de 10 elementos”, proveniente da Renamo para fazerem parte da Polícia da República de Moçambique (PRM), segundo a escolha de Dhlakama, afirmou o ministro, em declarações a jornalistas.
Ele deixou ainda transparecer que quando o acordo foi assinado muitos elementos da “perdiz” não estavam presentes. Talvez, por isso, desconhecem o “espírito e a letra” do mesmo.
Todavia, o maior partido da oposição moçambicana mostra-se indisponível para entregar a lista dos seus homens residuais para efeitos de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) sem que a dos 14 oficiais generais a que se refere tenha tido tratamento satisfatório.
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