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segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

ICM e Gapi criam crédito à comercialização agrícola

Foto de Fim de SemanaO Instituto de Cereais de Moçambique (ICM) e a Gapi assinaram, na segunda -feira, 10 de Dezembro, um acordo que cria a Linha de Crédito especial de apoio à Comercialização Agrícola. Este evento contou com a presença do Ministro da Indústria e Comércio, Ragendra de Sousa, membros do Conselho Consultivo do MIC e dos Conselhos de Direcção do ICM e da Gapi.

Trata-se de uma linha de crédito que irá priorizar o financiamento das campanhas de comercialização agrícola, bem como algumas actividades de agroprocessamento, com prioridade para as regiões já identificadas como estratégicas pelo ICM.

Após a consolidação desta fase inicial, prevê-se a possibilidade de se promoverem investimentos com vista à ampliação e modernização da capacidade de armazenamento dos bens comercializados e contribuir para uma maior e melhor utilização de infra-estruturas de armazenagem e processamento.

Na ocasião, Ragendra de Sousa destacou a singularidade deste fundo, realçando que “a grande vantagem, é que fomos buscar práticas consolidadas e experiência na concessão de financiamentos, às pequenas e médias empresas, particularmente nas zonas rurais do lado da Gapi e juntamos a isso uma grande vontade e esforço do ICM, para voltar a fazer diferença na comercialização, introduzindo um profundo sentido económico”.

O Ministro da Indústria e Comércio chamou atenção para os modelos de implementação, que devem promover efectivamente o sector, relegando ao Estado o papel de regulador, daí que reitera que “o ICM é braço do Estado e a Gapi é uma instituição financeira de desenvolvimento nacional, com muitos anos de experiência e implantação nacional. Mais uma razão para deixarmos este desafio de apoiar e criar mais produtores, mais empresários, mais pequenas e médias indústrias, a caminho da nossa industrialização, entregue nas vossas mãos”.

Tendo como fundamento o facto de a maioria da população nacional viver, directa ou indirectamente, da agricultura sendo que a comercialização dos seus excedentes se reveste de importância fundamental, para poder haver um real acréscimo de renda das famílias, o ICM implementa a agenda do Governo de apoiar, facilitar e garantir que os agricultores possam tirar maior proveito das diversas culturas agrícolas, alimentares e de rendimento, que produzem, beneficiando de valores das transacções comerciais dessa produção.

Por sua vez, Mahomed Valá, director geral do ICM, realçou o facto desta linha representar a disponibilidade, de financiamento, “os produtores intermédios terão a possibilidade de induzir um movimento muito importante de comercialização agrícola, através da criação de melhores condições para o armazenamento. Acredito que é um início com muita racionalidade, muita sustentabilidade e sobretudo muita responsabilidade”.

Valá acrescentou que “nos próximos dias queremos já convocar o Comité Directivo, para o início da operacionalização desta linha, de modo a que, até ao final do primeiro trimestre de 2019, já tenhamos os primeiros beneficiários desta iniciativa".

António Souto, presidente da Comissão Executiva da Gapi, reconheceu que a confiança depositada na sua instituição, o que em parte é fruto do trabalho que esta já vem desenvolvendo no apoio às organizações de produtores e à comercialização rural, como um dos elementos da ligação aos mercados para as várias cadeias de valor, bem como um factor de fortalecimento dos comerciantes rurais, no âmbito do comércio transfronteiriço e da segurança alimentar e nutricional.

“Vimos sendo um parceiro estratégico do Estado, nos desafios de desenvolvimento que Moçambique enfrenta. Portanto, os comerciantes rurais, de preferência nos locais onde está a produção, irão começar a ver casos práticos deste instrumento que, sobre a vossa orientação, foi criado e que compete-nos a nós, como instituição financeira de desenvolvimento, implementá-lo eficientemente e com boa governação”.

Referiu António Souto destacou ainda a grande importância da cooperação institucional, no fortalecimento de um sistema financeiro mais inclusivo: ”Só juntando sinergias e aproveintando a experiência de instituições nacionais que já vem fazendo, podemos alcançar o tão almejado desenvolvimento, que norteia as nossas agendas", finalizou.



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