Apontado como demissionário em pelo menos duas ocasiões, referido como incompetente por pela Sociedade Civil o ministro Adriano Maleiane manifestou nesta quarta-feira(05) o seu desejo de manter-se no Governo durante o próximo mandato de Filipe Nyusi. “Todos nós vamos trabalhar para que em 2020 eu esteja também aqui convosco” afirmou na Assembleia da República.
Embora tenha herdado, com conhecimento ou não, as dívidas ilegais e a espiral de endividamento público da última década no auge dos seus 69 anos de idade Adriano Afonso Maleiane será o membro do Governo mais “massacrado” pela opinião pública, sociedade civil e oposição durante os quatro anos da governação de Filipe Nyusi.
Importantes economista e membros da Sociedade Civil criticaram a sua forma de gestão da Economia e das Finanças moçambicanas porém, e apesar de ter sido dado como demissionário e até demitido, o facto é que o antigo Governador do Banco de Moçambique tem sobrevivido e nesta quarta-feira(04), durante a defesa do último Orçamento do 1º mandato do Governo a que pertence, o ministro da Economia e Finanças manifestou o seu desejo de continuar no cargo num mais do que provável 2º mandato de Filipe Nyusi.
Explicando aos deputados da Assembleia da República as razões da não provisão de transferências para as Comunidades de Balama e Angoche explicou que: “Para nós colocarmos no Orçamento de 2019 tomamos em consideração receitas que foram produzidas 2 anos antes, ou seja só estão previstas as receitas que se verificaram em 2017. O que acontece é que para Balama em 2017 houve actividade experimental e o valor foi residual e não foi considerado mas seguramente no Orçamento de 2020 isso vai ser”.
“Vão dizer mas o ministro está a falar de 2020, vai comprometer o outro Governo. Não, o que estou a dizer é que todos nós vamos trabalhar para que em 2020 eu esteja também aqui convosco para explicar”, declarou Adriano Maleiane que foi efusivamente aplaudido pelos deputados da bancado do partido Frelimo.
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