Os bancos comerciais e o Banco de Moçambique (BM) continuam indiferentes ao anunciado fim da crise económica e até mostram-se alheios ao Fundo Monetário Internacional (FMI) que encorajou a redução das taxas de juro reais tendo mantido a mesma Prime Rate do Sistema Financeiro, que não baixa desde Fevereiro, e os mesmo spreads, que vigoram desde Outubro de 2018.
Pelo terceiro mês consecutivo o BM e a Associação Moçambicana de Bancos (AMB) mantiveram inalterada a Prime Rate do Sistema Financeiro Moçambicano nos 19,5 por cento.
Também imutáveis, pelo sétimo mês consecutivo, continuam os spreads, margens de lucro por cada categoria de crédito, das 17 instituições bancárias que operam no nosso país.
Estes spreads adicionados à Prime Rate mantém acima dos 20 por cento as taxas de juro reais que são aplicadas aos moçambicanos que procuram a banca comercial para financiar-se, e que são consideradas pelo FMI altas.
“Na frente monetária, a missão encoraja o Banco de Moçambique a prosseguir com a redução da taxa directora, ainda que de modo prudente, garantido ao mesmo tempo que as expectativas de inflação permaneçam bem ancoradas. Taxas de juros reais mais baixas ajudariam a aumentar os fluxos de crédito bancário para o sector privado, em particular para as PME, fomentando a actividade económica e a criação de emprego, bem como a inclusão financeira” disse Ricardo Velloso, o chefe da Missão do Fundo que visitou o nosso país nas últimas semanas.
Paradoxalmente, e mesmo concedendo menos produtos de crédito, os bancos comerciais viram os seus lucros aumentaram no último exercício económico, são vários biliões ganhos enquanto o país continua mergulhado em crise.
via @Verdade - Últimas https://ift.tt/2FNiTCy
0 comments:
Enviar um comentário