Devido ao impacto do ciclone e cheias no Centro de Moçambique o partido Renamo apelou ao Governo do partido Frelimo a estender o adiamento do recenseamento eleitoral para as Gerais deste ano dos 15 dias aprovados para 45, como forma de salvaguardar “o direito de eleger e ser eleito, de todos os moçambicanos, e em nome da inclusão”, afinal a província de Sofala é o quinto maior Círculo eleitoral e um dos bastiões da oposição.
Pela voz de José Manteigas o maior partido de oposição considerou, em conferência de imprensa nesta segunda-feira (01), que os 15 dias de adiamento concedidos pelo Governo, para que os cidadãos eleitores nas províncias de Sofala e quiçá Manica restabeleçam as suas vidas depois de terem sido massacrados pelo Ciclone IDAI e cheias.
“(...) É um tempo muito curto e irrisório para as populações reerguerem as suas vidas, deste modo entendemos ser salutar que o recenseamento eleitoral seja adiado por 45 dias pelo menos para permitir o reassentamento o que permitir o mapeamento seguro dos postos de recenseamento e acreditamos que os agentes cívicos irão precisar de tempo para desencadearem as suas actividades junto as populações, tarefa que não ultrapassem para pessoas que ainda vivem o drama do ciclone e das cheias. Para salvaguardar o exercício e o direito de eleger e ser eleito, de todos os moçambicanos, e em nome da inclusão apelamos ao Conselho de Ministros para que reconsidere a sua decisão”, declarou o porta-voz do partido Renamo.
De acordo com o Instituto Nacional de Gestão de Calamidades pelo menos 1,8 milhão de cidadãos foram afectados pelo ciclone de categoria 4 e pelas cheias que se seguiram, sendo que mais de 140 mil foram resgatados dos seus locais de residência.
A província de Sofala, a mais atingida e que está agora a enfrentar um surto de cólera, foi o quinto maior Círculo eleitoral com 926.746 eleitores recenseados nas Gerais de 2014 e onde 55,91 por cento votaram no falecido líder da Renamo e ainda elegeram 10 deputados para a Assembleia da República.
O apelo do maior partido de oposição vai de encontro com o desejo das autoridades eleitorais que apontavam para 3 meses como o tempo necessário de adiamento pois grande parte das suas brigadas de recenseamento instala-se e trabalham em escolas, ora 3.318 salas de aulas foram danificadas pelas calamidades naturais no Centro de Moçambique.
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