O Standard Bank, em parceria com a Bolsa de Valores de Moçambique (BVM), organizou, recentemente, um workshop sobre o mercado de capitais. A iniciativa tem como objectivo promover junto dos seus clientes esta fonte alternativa de financiamento e diversificação de fontes de financiamento.
Trata-se de uma iniciativa que vai ajudar nos esforços que têm sido empreendidos pela Bolsa de Valores de Moçambique, na promoção do mercado de capitais no País, que ainda é incipiente.
A organização deste workshop surge da constatação de que o mercado de capitais moçambicano ainda está aquém do desejável, pois os investidores não têm onde colocar as suas aplicações devido à falta de títulos no mercado bolsista.
Nesse sentido, e na qualidade de parceiro dos seus clientes e experiência na estruturação deste tipo de operações, o Standard Bank julgou pertinente aconselhá-los a procurar outras fontes alternativas de financiamento, e que ofereçam segurança, nomeadamente o mercado de capitais.
“Há inúmeras vantagens no recurso ao mercado de capitais como fonte de financiamento. Estar cotado na Bolsa de Valores de Moçambique ajuda a criar visibilidade no mercado, valorização potencial das acções, melhor taxa de juro nos empréstimos obrigacionistas e valorização da empresa em resultado da confiança do mercado e dos investidores, que passam a ser vistas como uma empresa transparente e que respeita os princípios de governação corporativa”, explicou Fernando de Oliveira, gestor da Banca de Investimento do Standard Bank.
Para o presidente do Conselho de Administração da BVM, Salim Valá, a iniciativa do Standard Bank vai ajudar a galvanizar o mercado de capitais, tornando-o mais dinâmico e fonte preferencial de financiamento para as empresas nacionais.
Conforme explicou Salim Valá, o nível de capitalização bolsista ainda é muito baixo (cerca de nove por cento do PIB-Produto Interno Bruto), havendo, por isso, necessidade de reverter este cenário.
“Queremos incrementar, significativamente, o nível de capitalização bolsista, e a nossa perspectiva é que, até 2022, atinjamos os 21%. Temos, actualmente, oito empresas cotadas na bolsa e esperamos subir para 10 até ao fim deste ano. Em suma, queremos aumentar o volume de negócios, a liquidez no mercado, bem como o número de títulos cotados na bolsa. Há necessidade de Moçambique ter um mercado de capitais mais pujante”, avançou o presidente do Conselho de Administração da BVM.
O orador afirmou ainda que, nos próximos 15 anos, o mercado de capitais pode ser a principal fonte de financiamento das empresas, pois os requisitos para admissão não são “um bicho de sete cabeças, como muitas vezes se pensa".
“Tudo esta sendo feito para que no futuro, a BVM seja o efectivo termómetro que mensura o ambiente de negócio e as tendências da economia em Moçambique” finalizou, Salim Valá.
Durante o evento, a Bayport Moçambique, uma instituição de crédito para funcionários públicos que actua no mercado nacional desde 2012, partilhou a sua experiência no financiamento através da Bolsa de Valores de Moçambique, cuja operação foi estruturada pelo Standard Bank.
“É uma ferramenta muito importante, que alarga as oportunidades de financiamento das empresas que pretendem impor-se no mercado, ajudando, desse modo, a transformar a nossa economia. Recorremos à BVM para assegurarmos o nosso crescimento e continuarmos a alargar a nossa inserção no País, tendo o Standard Bank desempenhado um papel importante na operação, inclusive nos aspectos legais”, disse o director-geral da Bayport Moçambique, Michael Mocke, para quem as empresas devem tirar proveito das vantagens do financiamento através do mercado de capitais.
A Bayport Moçambique entrou no mercado de capitais em 2016 e já emitiu um total de cinco obrigações totalizando mais de 1.5 milhões de Meticais, tendo recebido o prémio de “Melhor Obrigação do Ano em Moeda Local’’, referente a 2018, atribuído pela GFC Media Group.
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