Moçambique registou, no ano passado, 457.667 oportunidades de emprego, 6.381 casos mediados de resolução de conflitos laborais, dos quais 84.6 por cento tiveram acordos definitivos; na área da segurança social, foram registados 96.832 Trabalhadores Por Conta de Outrem e 11.562 Trabalhadores Por Conta Própria inscritos no sistema.
Estes dados constam do Boletim de Estatística do Trabalho 2018, lançado, na quarta-feira, 5 de Junho, em Maputo, no decurso da Conferência Nacional de Formação Profissional, realizada pelo Ministério do Trabalho, Emprego e Segurança Social (MITESS), sob o lema “Papel da Formação Profissional na Promoção da Empregabilidade dos Jovens”.
Intervindo no evento, que envolveu cerca de 700 pessoas, provenientes de instituições de formação profissional, formandos, empregadores, trabalhadores e parceiros de cooperação, a ministra do Trabalho, Emprego e Segurança Social, Vitória Diogo, referiu-se ao contexto actual, em que se exige, cada vez mais, uma formação profissional apta a dar resposta às dinâmicas de desenvolvimento do País, e de um mundo cada vez mais globalizado, com destaque para a necessidade de atender os grandes empreendimentos sócio-económicos emergentes e para o desenvolvimento de competências nas comunidades, e tendo também em vista o auto-emprego.
Foi tendo em conta o alinhamento da formação profissional às necessidades do mercado laboral que, ao longo do presente quinquénio, o MITESS apostou na construção e modernização de vários centros públicos de formação profissional, destacando-se os de Pemba, em Cabo Delgado, Chongoene, em Gaza, Vilanculos, em Inhambane, Quelimane, na província da Zambézia, Tete, na província do mesmo nome e de Malhazine na cidade de Maputo.
“Actualmente, o nosso País conta com uma rede de 214 centros de formação profissional, dentre públicos e privados, que ministram cursos de formação em diversas ocupações profissionais nas áreas de agro-processamento, construção civil, metalomecânica, manutenção industrial, hotelaria e turismo, segurança no trabalho e administração e gestão”, indicou a governante, ajuntando que esta rede é reforçada por uma frota de 25 unidades móveis, “as nossas escolas que andam”, do Instituto de Formação Profissional e Estudos Laborais Alberto Cassimo, que permite levar a formação profissional para as zonas rurais, onde não existem infraestruturas fixas.
Num outro desenvolvimento, a ministra debruçou-se sobre a promoção do empreendedorismo e auto-emprego, destacando o facto de os jovens possuírem talento, apesar de muitos deles não terem recursos e nem meios para iniciar o seu próprio negócio: “Já disponibilizamos ao longo deste quinquénio cerca de 4.000 kits de ferramentas de várias especialidades”, frisou.
Com efeito, em distritos como Zavala, Massingir, Vanduze, Namarrói, Milange, Marara, Palma, Mueda, Mandimba, entre outros, os jovens adquiriram competências profissionais e já fazem trabalhos de carpintaria, serralharia, marcenaria, electricidade, canalização, restauração e alfaiataria, participando na economia e no desenvolvimento dos seus distritos, e do País em geral.
Importa realçar que constituíram temas de debate da conferência a formação profissional em Moçambique, progressos, oportunidades e desafios, a reforma curricular na formação profissional e o papel da orientação profissional.
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