O ministro da Indústria e Comércio, Ragendra de Sousa, revelou que as Empresas Públicas pesam todos os anos no Orçamento de Estado “430 milhões de Dólares ano, em subsídios, garantias, etc”. É tanto quanto foi alocado para todo o sector de Saúde em 2019.
Falando esta segunda-feira (22) em Maputo, durante o Seminário sobre os desafios do sector industrial moçambicano e medidas para a sua alavancagem, o ministro Ragendra de Sousa revelou que as Empresas Públicas e Empresas Participadas pelo Estado pesam “no Orçamento de Estado 430 milhões de Dólares ano, em subsídios, garantias, etc, há vários anos”.
O governante fez esta revelação para anunciar que “no próximo ano tudo faremos para que outras Empresas Públicas também abram o capital para a participação do sector privado, olhando para eficiência orçamental”. Este custo do Sector Empresarial do Estado é tanto quando o Governo de Filipe Nyusi inscreveu no Orçamento do Estado de 2019 para gastar com a Saúde dos moçambicanos.
O @Verdade apurou que este anuncio do ministro da Indústria e Comércio não passa de retórica pois um dos pressupostos iniciais para a cotação de uma empresa na Bolsa de Valores de Moçambique (BVM) é que que seja uma Sociedade Anónima, aconteceu que grande parte do chamado Sector Empresarial do Estado está longe desse patamar e não tem dados passos nesse sentido.
Aliás embora o ministro Ragendra de Sousa tenha apontado a Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) como o exemplo do desejo do Executivo cotar outras empresas na BVM na verdade a HCB nunca foi uma empresa pública ou estatal.
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