Em campanha eleitoral com fundos públicos o Presidente da República e candidato do partido Frelimo afirmou nesta segunda-feira (15), no Distrito de Gilé, na Província da Zambézia, que “nós não gostaríamos para que no nosso país as Organizações Não Governamentais fizessem política”. Filipe Nyusi deixou um outro recado dirigido a Comunidade Internacional “somos pobres mas não devemos ser manipulados em função a aquilo que vocês podem-nos ajudar”.
Após fazer campanha eleitoral na Província do Niassa o candidato presidencial do partido no poder escalou a Província da Zambézia onde aproveitou o comício popular que orientou no Distrito de Gilé para deixar recados primeiro para a Sociedade Civil, apelidada de “mão externa” pelos “camaradas”.
“Nós não gostaríamos para que no nosso país as Organizações Não Governamentais (ONG´s) fizessem política. Atrapalham e a população confunde e não sabe bem, aliás umas são organizações deste país, feitas por moçambicanos, mas outras vem de fora. Nós também vamos viajar lá fora e sabemos que as ONG´s lá fora não fazem política, então não venha com a capa de uma ONG para vir fazer política, deixa a política para os moçambicanos, deixa a política para os políticos”, disse Nyusi acrescentando “se é nacional se quer fazer política faça política mas não se chame uma coisa para falar a população e depois a população fica sem saber quem é o quê o faz o quê”.
O Chefe de Estado e candidato a sua própria reeleição que parece cada vez mais irritado com o braço de ferro que a Comunidade Internacional está a fazer desde que Moçambique suspendeu as amortizações das dívidas ilegais pediu: “logo após que nos vierem dar, a nós moçambicanos, não condicionem a alguma tomada de decisão porque isso retira-nos a liberdade e nós ficamos sem liberdade de tomar as decisões porque você quer pôr furo de água e depois eu pus furo de água mas você tem que pensar assim, não é bom assim porque acaba nos tirando a liberdade de pensarmos normalmente por causa de sermos pobres”.
“Sim somos pobres mas não devemos ser manipulados em função a aquilo que vocês podem-nos ajudar”, concluiu Filipe Nyusi cujo Governo não está a conseguir obter o 1,2 bilião de Dólares prometidos em ajuda para a reconstrução pós-ciclones Idai e Kenneth e muito menos irá conseguir os 3,2 biliões de Dólares que quantificou para não só resolver alguns dos problemas sociais que surgiram nas províncias de Sofala e de Cabo Delgado mas aproveitar para realizar várias promessas suas e do seu partido para o quinquénio prestes a terminar nas províncias de Inhambane, Manica, Tete, Zambézia e Nampula.
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