O Ministério da Saúde desmentiu nesta quarta-feira (07) informações que davam conta da criação de postos de controlo do vírus do ébola ao longo da fronteira de Moçambique com o Malawi. “Reforçamos actividades de rotina, não na fronteira com o Malawi particularmente mas nos maiores postos de possível entrada de pessoas vindas da República Democrática do Congo” esclareceu a directora Nacional de Saúde Pública que clarificou “não há ébola neste momento no Malawi”.
A directora Nacional de Saúde Pública esclareceu que não foram criados novos postos fixos de controlo do letal que vírus que há cerca de um ano está a ceifar vidas na República Democrática do Congo. “Ainda não chegamos a fase de implementação de um plano de contingência porque não temos ébola” disse em conferência de imprensa na Cidade de Maputo tendo explicado que postos de controle “só em casos de vigilância activa”.
“Reforçamos actividades de rotina, não na fronteira com o Malawi particularmente mas nos maiores postos de possível entrada de pessoas vindas da República Democrática do Congo” declarou Rosa Marlene que acrescentou que “não há ébola neste momento no Malawi”. Nos postos de entrada de viajantes é feita uma triagem regular dos países visitados e, “se eventualmente alguém vem da República Democrática do Congo temos de saber, como a ébola não faz parte da vigilância de rotina então na rotina estamo-nos a educar para também incluir essa vigilância mas não significa a montagem de algo”.
“Segundo aquilo que é a classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o nosso país nós temos muito baixo risco, não temos contacto fronteiriço com a República Democrática do Congo, somente a região onde está acontecer a ébola é considerada de alto risco, portanto quando falamos de risco vermelho não vamos falar de risco vermelho para a República de Moçambique porque isso é só para as zonas onde está ocorrer a epidemia de ébola” disse a directora Nacional de Saúde Pública que ainda clarificou que “o ébola nunca foi um problema de Saúde Pública” em Moçambique.
A posição das autoridades moçambicanas foi secundada pela representante da OMS no país, Djamila Cabral, que afirmou que a instituição “considera que o único país que tem casos de ébola é a República Democrática do Congo, os casos de ébola que foram encontrados noutros países são da República Democrática do Congo e não desses países”.
Djamila Cabral clarificou que o risco de transmissão do vírus do ébola para Moçambique “é baixo mas não é zero, tal como não é em nenhum lugar do mundo”.
“Quero reiterar que não há casos de ébola nem no Malawi nem em Moçambique, tudo o que tem sido feito são medidas para estarmos preparados caso tenhamos porque o risco não é zero para qualquer país no mundo”, concluiu a representante da OMS em Moçambique que actualizou os casos registados desde há 1 ano até terça-feira (06) na República Democrática do Congo são 2687 dos quais 1811 resultaram em óbitos.
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