A Bolsa de Valores de Moçambique (BVM) anunciou, na quarta-feira, 7 de Agosto, que a procura pelas acções emitidas no âmbito da oferta pública de subscrição, lançada pela empresa Cervejas de Moçambique (CDM), superou as expectativas, tendo atingido os 124,5 por cento.
Foram, no total, emitidas 36.762.972 acções, mas a procura ascendeu a 45.771.294 novas acções, revelando, assim, a apetência dos accionistas em investir na empresa, com recurso a instrumentos da bolsa.
O período de subscrição das acções, que representam, aproximadamente, 30,190 por cento do actual capital social da CDM e cuja oferta era dirigida exclusivamente aos accionistas da empresa, decorreu entre os dias 22 de Julho e 5 de Agosto, com o valor nominal unitário de 2,00 MZN (dois meticais).
Para a Bolsa de Valores de Moçambique (BVM), esta oferta pública de subscrição, que constitui o segundo aumento de capital social através da emissão de novas acções efectuado pela CDM e a segunda maior operação de financiamento no País, vem reforçar o papel do mercado de capitais na economia moçambicana.
“Muitos cidadãos, incluindo empresários e investidores, não entendem o papel de uma bolsa de valores numa economia de mercado florescente, assim como no aprimoramento do clima de negócios e investimentos, no financiamento às empresas em condições mais vantajosas, na dispersão do risco de investimento, na diversificação da aplicação das poupanças e na viabilização de projectos exigentes em termos de capital”, sublinhou Salim Valá, presidente do Conselho de Administração da BVM.
Na ocasião, o director-geral da Cervejas de Moçambique, Pedro Cruz, explicou que a empresa recorreu ao mercado de valores mobiliários para materializar o projecto de construção da sua quarta fábrica, localizada na província de Maputo, distrito de Marracuene, localidade de Matalane.
Para Pedro Cruz, “esta operação simboliza a confiança e a aposta no desenvolvimento do mercado de valores mobiliários no País, bem como a vontade de partilhar os seus benefícios económicos com todos que intervêm na sua cadeia de valor, tais como os agricultores de milho e mandioca, os armazenistas e retalhistas, entre outros”.
A decisão, acrescentou o director-geral da CDM, baseou-se na contínua trajectória de crescimento da empresa, na estabilidade fiscal do País, assim como no quadro fiscal, que é propício ao investimento. Esta operação foi estruturada e liderada pelo Standard Bank, que colocou o seu conhecimento e experiência ao serviço do mercado de valores mobiliários, em particular, e da economia nacional, no geral.
Segundo Chuma Nwokocha, administrador delegado do Standard Bank, mais do que estruturar e liderar acções deste género, o banco tem desenvolvido acções com vista à promoção da Bolsa de Valores de Moçambique como uma fonte alternativa de financiamento e de diversificação de fontes de rendimento para particulares e empresas, respectivamente, como é o caso do workshop promovido em Maio último.
“Ao longo destes 125 anos de operações em Moçambique, o Standard Bank já estruturou várias operações na área de mercado de capitais, tendo sido pioneiro na estruturação do papel comercial, um outro instrumento bolsista ainda pouco usado pelas empresas”, disse Chuma Nwokocha. Importa realçar que a CDM é, actualmente, a empresa com maior peso na capitalização bolsista, com 23.2 por cento, e a que detém o título mais negociado no mercado da bolsa.
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