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domingo, 15 de setembro de 2019

Chefe dos observadores da UE avisa “eleições democráticas não podem ser reféns de ...

Foto de Adérito CaldeiraA União Europeia, único Parceiro que comparticipou no custo das Eleições Gerais de 15 de Outubro, colocou desde o passado sábado os seus observadores em todas províncias de Moçambique. O chefe da Missão, o eurodeputado Nacho Sánchez Amor, avisou: “As eleições são um direito dos cidadãos, são um direito do povo, não são uma propriedade dos partidos políticos e as eleições democráticas não podem ser reféns de nenhum agenda política e partidária”.

Começou neste sábado (14) em Maputo o trabalho de 150 observadores eleitorais provenientes dos 28 países da União Europeia e ainda da Suíça, Noruega e do Canada que se propõem a visitar 1000 a 1200 das 20.570 assembleias de voto que serão instaladas para a realização das sextas eleições Presidenciais e Legislativas e primeiras Provinciais no nosso país. “Dará material suficiente, de acordo com os nossos dados estatísticos, para tirar conclusões aqui, é o sistema internacional de observação”, explicou a jornalistas Nacho Sánchez Amor.

Confrontado com o aviso do maior partido de oposição que o resultado das eleições ditará o futuro do recente Acordo de Paz e Reconciliação, assinado com o Governo para pôr termo a terceira guerra civil em Moçambique, o chefe da Missão enfatizou: “Eu creio que se calhar não é bom que a questão eleitoral tenha sido introduzida na agenda política. As eleições são um direito dos cidadãos, são um direito do povo, não são uma propriedade dos partidos políticos e as eleições democráticas não podem ser reféns de nenhum agenda política e partidária”.

Foto de Adérito CaldeiraNacho Sánchez Amor disse ainda que a Missão está a par da inscrição de eleitores inexistentes na Província de Gaza, Círculo eleitoral que tradicionalmente vota massivamente no partido Frelimo, “sabemos que parte do processo tem que ser apurado pela Procuradoria-Geral da República e pensamos que é muito importante para a gerar confiança que a decisão de todas autoridades envolvidas seja atempada e de resposta a inquietude geral da sociedade”.

O eurodeputado espanhol revelou ainda que as recomendações da Missões da União Europeia a anteriores processos eleitorais em Moçambique tem sido acolhidas. “Uma das recomendações era facilitar o acesso dos partidos políticos e dos candidatos envolvidos nas eleições aos tribunais retirando a impugnação prévia que era um trâmite, que foi retirado, não só foi acolhida pelos órgãos eleitorais mas foi acolhida pelo Parlamento do país que mudou a lei eleitoral”.

A União Europeia é o único Parceiro de Cooperação de Moçambique que comparticipou, com 8 milhões de euros, no financiamento das eleições onde quatro candidatos disputam a Presidência de Moçambique, 24 partidos e duas coligações de formações políticas concorrem aos 250 assentos do Parlamento e, pela primeira vez, serão eleitos os Governadores das dez províncias.



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