Mais de 700 pessoas (das quais cerca de 600 andando a pé e um pouco mais de 100 ciclistas) participaram, no domingo, 27 de Outubro, em Maputo, na terceira edição da caminhada de consciencialização da sociedade sobre o perigo que o cancro da mama representa para a vida, em homenagem à Nicolle Melanie, vítima desta doença aos 15 anos de idade.
Promovida pela Fundação Nicolle Melanie, em parceria com o Standard Bank e o Ginásio Power, o evento, ocorrido na praia da Costa de Sol, contou, igualmente, com a realização duma palestra sobre a doença, demonstração sobre o diagnóstico, através da apalpação da mama, e uma aula de zumba.
Abordada na ocasião, Hélia Campos, directora de Capital Humano do Standard Bank, referiu que a saúde constitui um dos pilares principais das acções de responsabilidade social desta instituição financeira: “Foi tendo em conta este princípio que o Standard Bank não podia ficar indiferente a esta iniciativa”, sustentou.
Por outro lado, conforme indicou Hélia Campos, o banco pretende contribuir para despertar a sociedade sobre este tema que preocupa as autoridades do país, devido ao aumento do número de afectados nos últimos tempos. “Há alguns aspectos e ter em conta, nesta matéria, como a prevenção e a necessidade do rastreio precoce, alimentação saudável e gestão do stress”, disse, enfatizando que esta é uma doença silenciosa que tem afectado não somente mulheres e homens adultos, mas também as crianças.
A porta-voz do evento, Isabel Laíce, explicou que a iniciativa visa educar a sociedade sobre o cancro da mama, tendo surgido na sequência de ter sido diagnosticado cancro da mama a uma menina de 15 anos. “O cancro da mama não escolhe a idade nem sexo. Mas, quando detectado atempadamente é possível fazer-se um tratamento adequado”, sustentou Isabel Laíce, realçando o facto de o Standard Bank ter acreditado neste movimento, que contou, também, com a colaboração da Associação de Ciclistas.
Após proferir a palestra sobre o cancro da mama, Eliane Monteiro, médica patologista, explicou que, no desempenho das suas funções, tem constatado o aumento do número de casos de cancro da mama em mulheres, chegando ao ponto de constituir um problema de saúde pública. “Quando se faz a contagem de casos de cancro, que causam a morte de mulheres, o cancro da mama ocupa o segundo lugar. Entretanto, temos factores modificáveis, que podemos controlar, como, por exemplo, a nossa dieta alimentar, a prática de exercícios físicos, mas também temos os outros factores hereditários, que temos que controlar, apesar de que não podemos modificar”, frisou.
Natércia Sitoe é uma das pessoas que se juntou a esta causa. Para ela é necessário consciencializar as mulheres sobre a existência do cancro da mama, assim como sobre a importância do diagnóstico precoce.
“Logo que sentirmos qualquer anomalia no organismo é importante procurar apoio médico. Fazer parte deste movimento significa muito para mim, porque se trata de lutar por uma causa que é de todos nós, pois temos, certamente, amigos ou familiares que sofrem desta doença pelo que juntos somos mais fortes contra este flagelo”, concluiu.
via @Verdade - Últimas https://ift.tt/2WlXhDT
0 comments:
Enviar um comentário