As células do nosso organismo necessitam de substâncias que são fornecidas pela alimentação para permitir o seu crescimento e a sua diferenciação, bem como para originar e reparar outros tecidos face a ocorrência de lesões. Assim, um alimento é nutritivo quando colabora ou sustenta os processos de manutenção da vida e, por sua vez, um alimento bom pode se tornar perigoso quando ingerido em excesso ou em condições inapropriadas. Em outras palavras, a alimentação diária do indivíduo deve variar constantemente, de forma a suprir todas as carências relacionadas com as suas actividades biológicas.
Não é correcto, nesse caso, por exemplo, supor que uma boa alimentação é constituída somente por vitaminas ou por proteínas porque aumentam a resistência do organismo ou substituem com vantagem os outros nutrientes. Pelo contrário, uma boa alimentação implica consumir alimentos em quantidade e qualidade necessárias de acordo com a faixa etária, condição física, estado patológico, actividade que exerce, sexo, etc.
Ademais, um dos principais factores limitantes da vida é a obtenção de energia para que o organismo desempenhe suas actividades. Essas actividades englobam desde os processos vitais para a sobrevivência até a práctica de exercícios físicos intensos (Mota et. all, 2012). É através da alimentação que o Homem obtém nutrientes necessários para se manter vivo, realizar uma determinada actividade e permitir que o seu organismo desenvolve e se defenda contra doenças. Alimentação é vista como o acto de alimentar-se. Trata-se, portanto, de um acto consciente e depende de cada um (voluntário, nesse caso).
Os alimentos são as substâncias introduzidas no organismo visando promover o crescimento, o desenvolvimento, a reparação dos tecidos, a produção de energia e o equilíbrio das diversas funções orgânicas. Estes podem ser de origem animal, vegetal e mineral. São classificados de acordo com suas propriedades físicas, químicas e de acordo com a forma como actuam no nosso organismo. São substancia ingeridas no acto de alimentação.
No ser humano as funções alimentares são realizadas por estruturas e órgãos especializados, cujas funções convergem de modo a construir uma unidade funcional, designada sistema digestivo. A disponibilidade de energia consiste na absorção da energia química contida nas ligações químicas que estão presentes nos alimentos ingeridos e, por sua vez, a regulação das quantidades de alimentos ingeridos depende de mecanismos comportamentais como a fome, o apetite e a saciedade. Em outras palavras, o sistema digestivo não é capaz de regular por si só a ingestão de energia. Dessa forma, o acto de comer, na qualidade do meio pelo qual o corpo exerce controlo da entrada de energia, está associado a outros factores comportamentais como a sensibilidade de fome, apetite e saciedade. Cada uma dessas sensações sofre controle fisiológico, bem como influência de factores ambientais e culturais, servindo-lhes de factores limitantes, sobretudo quando implicam restrições alimentares.
Um dos principais sinais de fome é o aperto no estômago, acompanhado de contrações involuntárias rítmicas e inquietude, que fazem o indivíduo procurar por algo adequado para comer. É, também, indicado como resultado da libertação de um hormônio chamado grelina, produzida principalmente no estômago e libertado para a corrente sanguínea quando o estômago está vazio e em estado de hipoglicemia (condição em que os níveis de energia no sangue está abaixo do normal). A queda da concentração da glicose no sangue é, portanto, um factor que estimula a ingestão alimentar. Afinal, como ingerimos o alimento?
O sistema digestivo degrada o alimento em moléculas pequenas capazes de serem absorvidas pelas células do trato gastrointestinal. A digestão consiste na transformação dos alimentos em substancias assimiláveis no interior do tubo digestivo por meio de dois processos: mecânico (responsável pela trituração e pelo transporte de nutrientes no interior do organismo) e químico (responsável pela produção de enzimas através das quais os nutrientes são degradados).
O conhecimento desse Sistema permite compreender as sensibilidades relativas às dificuldades na absortividade dos alimentos em indivíduos padecentes de alguma enfermidade ou perturbados quer seja por ansiedade, estresse, depressão, etc., podendo administrar-lhes uma alimentação adequada em termos de composição, consistência e temperatura.
O Sistema digestivo humano possui um trato gastrointestinal (boca, faringe, esôfago, intestino delgado e grosso, reto e anus) e glândulas anexas (glândulas salivares, pâncreas, fígado, língua, dentes e vesicular biliar). O início da degradação do alimento ocorre na cavidade oral, onde os dentes o trituram transformando-o em pedaços menores. A saliva o umedece, lubrifica e inicia a digestão e a língua, por sua vez, mistura os fragmentos com a saliva, formando o bolo alimentar e promovendo a sua digestão.
Importa destacar que a mastigação dos alimentos é bastante importante para reduzir o tamanho das suas partículas, aumentando, deste modo, a área de superfície para uma posterior açcão enzimática e evitando possíveis escoriações do tubo gastrointestinal. No caso de frutas e vegetais, a mastigação é extremamente importante para quebrar a parede de celulose das células vegetais, disponibilizando assim os nutrientes destes alimentos. Após a deglutição, o alimento é levado através da faringe e do esôfago até ao estômago. Este deslocamento depende acentuadamente dos movimentos peristálticos, resultantes da contração alternada das camadas de musculatura longitudinal e circular que envolvem todo o trato gastrointestinal.
A digestão química ocorre através da acção de enzimas digestivas que hidrolisam as moléculas do alimento, quebrando-os em moléculas menores de modo que possam ser absorvidas através das membranas das células do trato gastroinsteinal. Nesse caso, a digestão química inicia na cavidade oral, onde a amilase secretada pelas glândulas salivares hidrolisa as moléculas de amido em oligossacarídeos como maltase e maltotrise.
No estômago existe uma enzima chamada de pepsina. Ela é produzida pelas células principais que revestem o estômago e hidrolisa proteínas que contém os aminoácidos. A pepsina é muito rico em pH ácido e nesse pH a amilase salivar não é activa.
A fase final da digestão química ocorre no intestino delgado. Nessa região, a membrana plasmática das células epiteliais é diferenciada, formando um bordo em escova. Nessa membrana existem enzimas como maltase que irão terminar a quebra dos oligossacarídeos, produzindo açúcares simples como glicose e frutose...
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