Embora o Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano pretenda contratar para o Ano Lectivo de 2020 pelo menos 1.299 novos professores as salas do ensino secundário continuarão lotadas havendo turmas com mais de cem estudantes nas províncias da Zambézia e Nampula. “A nossa expectiva é que as turmas sejam de 50 alunos, mas isto é impossível em determinadas regiões” explicou ao @Verdade o director do Instituto Nacional de Desenvolvimento da Educação.
O Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH) anunciou na semana passada que mesmo sem o Orçamento de Estado estar aprovado espera contratar este ano 1.299 novos professores para o ensino secundário, quase dez vezes mais do que em 2019.
Paralelamente 40 novas escolas secundárias entraram em funcionamento elevando para 667 as infra-estruturas que em todo o país vão acolher 1.326.713 alunos.
Questionado pelo @Verdade o director do Instituto Nacional de Desenvolvimento da Educação, Ismael Nheze, esclareceu no passado dia 8, em conferencia de imprensa, a expectiva “é que as turmas sejam de 50 alunos, mas isto é impossível em determinadas regiões, chamo atenção para as províncias de Nampula e de Quelimane, porque têm um desafio de superpopulação”.
O @Verdade apurou que nestas províncias as turmas do ensino secundário albergam entre 120 a 170 alunos e só não são mais porque o MINEDH limita as matrículas.
Todos os anos pelo menos meio milhão de estudantes que concluem o ensino primário não prosseguem os estudos por falta de vagas.
Ismael Nheze afirmou que “o ensino à distância é a nossa tábua de salvação, porque os números crescimentos da rede escolar são enormes, nós em 2023 vamos ter mais de um milhão de alunos a entrarem para a 7ª classe e não vamos capacidade de infra-estruturas nem humana de colocar tantos alunos. A única saída que nós temos é trazer a realidade do ensino à distância para que não haja crianças que fiquem sem estudar”.
No entanto as Estatísticas da Educação mostram fraca afluência ao “Programa de Ensino Secundário à Distância” que em 2019 teve matriculados apenas 30.603 alunos em todo o país, uma redução comparativamente aos 31.968 estudantes de 2017.
O director do Instituto Nacional de Desenvolvimento da Educação esclareceu também que a revisão curricular do ensino secundário só deverá iniciar em 2023 “e vai ser ainda discutido se vamos introduzir nos dois ciclos em simultâneo, para ser mais rápido”.
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