É do domínio público que numa democracia representativa o deputado representa e defende os interesses do cidadão. Através do voto o cidadão escolhe o seu representante para defender os seus interesses no parlamento, aliás, este é o modelo da democracia moçambicana e de alguns países além fronteira. Mas esse tipo de democracia peca, visto que o deputado não cumpre o seu dever. A maioria dos deputados ou quase todos não a próxima aos cidadãos após as eleições para ouvirem as preocupações do eleitorado. Este é o pecado capital da democracia representativa!
Após as eleições, o deputado deve voltar ao seu círculo eleitoral, pois isto é necessário para ouvir as preocupações do cidadão e para consolidar a legitimidade do próprio mandatário do povo, não sei se merece esse atributo (mandatário do povo). O parlamento não é apenas o plenário, as jornadas extra-parlamentares são obrigatórias para um deputado, ou seja, manter o contacto directo com o eleitor, o processo diafónico com o cidadão é imperioso para um deputado, isto evita aplaudir e aprovar uma lei absurda que não satisfaz as necessidades do cidadão.
Neste âmbito, o parlamento em si deve ser responsável, actuante e bem articulado que aprecia as leis de forma qualitativa, sobretudo em benefício do povo. Muitas das vezes o que mancha o bom desempenho dos deputados é o comportamento partidarista, onde perdem tempo com elogios, aplausos e beijos ao partido. As bancadas parlamentares não podem perder tempo com detalhes sem fundamentos e vontades partidárias, mas sim, devem a postar na identidade e bem estar do povo.
Quanto ao governo! Que faça o bom uso das coisas públicas, resolva sem vieses os assuntos da paz, que seja actuante e comprometido com o povo. O compromisso não pode manifestar apenas no momento das campanhas eleitorais. Muitas figuras que estão no parelho do estado, só voltam a terra de origem no período de campanha, após as eleições somem e se escondem dentro das suas mansões. De salientar que isto é mau, o povo precisa do vosso consolo o tempo inteiro.
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