A industrialização deverá constituir uma das principais prioridades do país, para se melhorar as exportações, através do fomento e criação de mais unidades industriais com potencial suficiente para produzir com qualidade e em larga escala, não só para a satisfação do mercado doméstico, assim como para a melhoria dos níveis de exportação.
Neste momento, os níveis de exportação do país são extremamente baixos, o que para o ministro da Indústria e Comércio, Carlos Mesquita, não pode ser, visto que Moçambique dispõe de muitos recursos, destacando, entre outros, as terras férteis e as melhores condições climáticas para se assegurar uma produção sustentável.
O ministro da Indústria e Comércio fez esta abordagem na segunda-feira, 24 de Fevereiro, em Maputo, no decurso das visitas às instituições tuteladas pelo órgão que dirige, onde lembrou aos funcionários dos diversos sectores de actividade que "com o desafio que nos foi colocado pelo Presidente da República temos que acelerar com o processo da industrialização", visto este ser o sector que a curto e médio prazos pode minimizar as importações moçambicanas e melhorar o nível das exportações.
"Nós queremos que a nossa balança comercial registe mais exportações do que as importações. Queremos atravessar fronteiras, porque neste momento não estamos satisfeitos com os níveis da balança comercial", frisou o governante, que considera que para o início do processo de industrialização, primeiro terá que ser feito um inventário do sector da indústria para se determinar o número das unidades existentes, os seus problemas e expectativas, para que de seguida se relance o plano de desenvolvimento da indústria nacional que terá como foco o desenvolvimento da agricultura.
A visita do ministro às instituições tuteladas abrangeu oito instituições, nomeadamente, a Agência para a Promoção de Investimento e Exportações (APIEX), a Bolsa de Mercadorias de Moçambique (BMM), o Instituto de Cereais de Moçambique (ICM), a Direcção Nacional da Indústria (DNI), o Instituto da Propriedade Industrial (IPI), a Inspecção Nacional das Actividades Económicas (INAE), o Instituto para a Promoção das Pequenas e Médias Empresas (IPEME) e o Instituto Nacional de Normalização e Qualidade (INNOQ).
O ministro, na sua comunicação com os funcionários das instituições tuteladas referiu que a industrialização do país faz parte de um dos quatro pilares no presente quinquénio, em alinhamento com os planos de integração regional e continental.
“Deste modo, devemos estimular iniciativas empresariais que visem a revitalização e modernização das agro-indústrias, das indústrias agro-químicas, têxteis e confecções, metalo-mecânicas e indústrias de materiais de construção”, finalizou o governante que defende que se deve gerar mais emprego para os jovens no país e reduzir-se as assimetrias de desenvolvimento e os desequilíbrios da balança comercial.
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