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terça-feira, 3 de março de 2020

Carlos Mesquita insta empresários de Manica acelerarem a produção

O ministro da Indústria e Comércio (MIC), Carlos Mesquita, instou, recentemente, em Manica, aos empresários, a acelerar a sua produção, porque o Governo pretende avançar com a industrialização junto com o sector privado.

Este desafio foi colocado ao empresariado local, durante o encontro com o Conselho Empresarial Provincial, no âmbito das visitas efectuadas pelo ministro àquele ponto do país. Nesse contexto, após visitar os empreendimentos económicos da cidade de Chimoio, o governante alertou aos potenciais exportadores de produtos diversos em Manica a usar voos cargueiros, como forma de reduzir custos de transporte para os mercados internacionais.

“Nós temos que arranjar uma forma de estar e ter bastante estratégia para podermos olhar para o nosso empresariado, porque é com o sector privado que o Governo pretende avançar com a industrialização. O Governo tem as suas responsabilidades, mas os parceiros do sector privado são o motor de desenvolvimento”, referiu Carlos Mesquita.

Num outro desenvolvimento, Carlos Mesquita mostrou-se preocupado com a morosidade na tramitação de documentos, nas instituições do Estado, para a importação de equipamentos, inteirando-se do processo produtivo das indústrias que contribuem em grande medida na balança comercial da província, através das importações.

“Eu penso que, na utilização do aeroporto, que muito recentemente foi aberto ao tráfego internacional para voos dentro da SADC, as aeronaves poderão vir buscar mercadorias para Joanesburgo e a partir daí, irem para os mercados europeus, em vez de fazer via rodoviária, que é o que está a acontecer neste momento”, constatou o ministro.

Carlos Mesquita disse ainda que o Ministério da Indústria e Comércio prosseguirá com uma agenda governativa orientada para resultados, practicidade, localismo, diálogo regular e engajamento proactivo com o sector privado de todos níveis, assente na industrialização com incidência no agro-processamento, agro-alimentar, embalagem, revitalização do parque industrial paralisado, incubação de empreendedorismo, industrialização rural, promoção e estímulo da valorização e consumo da produção local e nacional, com vista à substituição das importações.

Por sua vez, os agentes económicos apresentaram, ao ministro, um rol de constrangimentos que estão a criar barreiras para o bom desempenho do empresariado local, com destaque para o custo insustentável da energia eléctrica, água e taxas elevadas de portagem de Vanduzi, tendo sugerido uma revisão por parte do Governo central.

“Uma empresa sediada em Chimoio, que deve ir buscar mercadorias em Manica ou Vanduzi, acaba ficando bastante penalizada com a taxa de portagem” explicou Samuel Guizado, presidente do Conselho Empresarial de Manica.

Importa referir que Carlos Mesquita atribuiu mérito à província de Manica, pela instalação da incubadora tecnológica que em breve será inaugurada, um projecto avaliado em 500 milhões de dólares norte-americanos.



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