Foram plantadas, sábado, 14 de Março, mil mudas de árvores, nas várias artérias da cidade da Beira, resultado do apelo feito pelo Projecto “Beira Verde”, uma iniciativa de um grupo de cidadãos que conseguiu agregar diversas entidades públicas e privadas em torno deste ambicioso projecto.
Com efeito, nesta data, completa-se um ano da passagem do ciclone IDAI, que devastou a cidade da Beira e arredores, e o movimento “Beira Verde”, que conta com a parceria de Cornelder de Moçambique, realizou a primeira de uma série de actividades, que visam o plantio de 300 mil árvores, em substituição das que caíram, em consequência da intempérie.
A coordenadora do projecto, Tânia Pereira, referiu que se pretende que a iniciativa seja contínua e permanente, em diversas áreas, onde seja necessária a sua intervenção para a recuperação da cidade da Beira, estando, para o efeito, criadas as condições para o sucesso desta primeira fase que permitirá reavivar a área verde. Trata-se, conforme indicou, de embelezar a cidade, aumentar as áreas de sombra, protecção dos solos e igualmente cumprir com as responsabilidades no âmbito das iniciativas globais, visando o arrefecimento do planeta.
“Nós, representamos um grupo de cidadãos, comprometidos com o desenvolvimento e o bem-estar desta cidade que sofreu em 2019 uma das tragédias mais intensas que este país já viveu. Pretendemos juntar esforços de todos os que queiram ajudar na recuperação e o ponto de partida escolhido foi o replantio das árvores que caíram para que a Beira volte a ser aquela cidade verdejante que todos nós conhecemos”, enfatizou.
A Cornelder de Moçambique juntou-se a esta iniciativa, apoiando na aquisição de mudas e equipamentos de trabalho. O administrador da concessionária do Porto da Beira, Jan de Vries, assegurou que, devido à sua relevância ambiental, a empresa não hesitou em fazer parte deste núcleo transformador da cidade da Beira.
“Apoiamos este projecto, porque acreditamos nas sinergias da sociedade para execução de acções concretas para mitigação dos efeitos dessa calamidade natural que ainda vamos sentir a médio e longo prazo”, frisou.
Importa referir que o ciclone IDAI afectou severamente a cidade da Beira, destruindo 85% da urbe, para além de mortes, destruição de infraestruturas e mais de 300.000 árvores derrubadas, deixando-a sem protecção, beleza e estética.
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