A Missão do Fundo Monetário Internacional (FMI), que esta semana deveria chegar a Maputo para iniciar negociações de um novo Programa financeiro, foi adiada devido a pandemia do novo coronavírus. Ainda nesta segunda-feira (16) o Banco de Moçambique (BM) reuniu de emergência para “libertar liquidez para o sistema bancário enfrentar, com maior resiliência, os riscos crescentes decorrentes dos impactos macroeconómicos do COVID-19”.
O representante do FMI em Moçambique, Ari Aisen, disse a jornalistas que “a Missão de negociações do Mecanismo Alargado de Crédito (ECF, sigla inglesa) foi adiada por conta do COVID-19. Ainda não há uma previsão de quando ela possa vir ao país”.
“Entretanto, continuaremos trabalhando junto ao governo e avançando nas discussões através do nosso escritório em Maputo e por via remota com Washington”, explicou Ari Aisen.
Este adiamento poderá arrastar por tempo indeterminado o novo Programa financeiro que Moçambique precisa desesperadamente para que as portas dos mercados financeiros voltem a abrir-se e quiçá a crise económica e financeira que dura desde 2016 possa ser ultrapassada.
Para tentar mitigar o impacto da pandemia que afecta o mundo em Moçambique o BM decidiu, enfim, relaxar um pouco a sua Política Monetária e “reduzir em 150 pontos base os coeficientes das Reservas Obrigatórias em moeda nacional e em moeda estrangeira, com efeitos a partir do período de constituição que inicia a 7 de Abril de 2020”.
“Esta decisão visa libertar liquidez para o sistema bancário enfrentar, com maior resiliência, os riscos crescentes decorrentes dos impactos macroeconómicos do COVID-19. Com esta alteração, o coeficiente de Reservas Obrigatórias para os passivos em moeda nacional passa para 11,50 por cento e, para os passivos em moeda estrangeira, passa para 34,50 por cento”, perspectiva o banco central em comunicado.
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