No seguimento do adiamento da Decisão Final de Investimento (DFI) da ExxonMobil no projecto Rovuma LNG o Instituto Nacional do Petróleo (INP) declarou ao @Verdade estar disponível a “prestar todo o apoio necessário às companhias que operam em Moçambique, facilitando as condições necessárias para reduzir o impacto da desaceleração da implementação dos projectos” de gás natural.
A petrolífera norte-americana que lidera o projecto de exploração de gás natural nos campos de Mamba e Prosperidade, nas Áreas 1 e 4 da Bacia do Rovuma, anunciou na passada terça-feira (07) que devido à queda dos preços do petróleo e derivados, provocada pelo excesso de oferta e baixa procura surgido com a pandemia de covid-19, decidiu adiar a sua DFI prevista para finais de 2020.
Contactado pelo @Verdade o Instituto Nacional do Petróleo começou por assinalar que a Decisão Final de Investimento “é tomado pelos investidores tendo sempre em conta as condições objectivas (mercado e outros)”.
“O adiamento da tomada da Decisão Final de Investimentos terá como consequência imediata o atraso do início na implementação do Projecto Rovuma LNG e exportação de GNL, inicialmente prevista para 2025 (início da primeira produção)”, esclareceu ao @Verdade o INP que reconheceu que “para a implementação deste projecto, os investidores dependem de condições do mercado que para além da covid-19 caracteriza-se por uma queda acentuada do preço de petróleo no mercado internacional”.
O regulador do sector de hidrocarbonetos em Moçambique acrescentou: “Neste contexto, as autoridades continuarão a acompanhar de perto o desenrolar dos acontecimentos e prestar todo o apoio necessário às companhias que operam em Moçambique, facilitando as condições necessárias para reduzir o impacto da desaceleração da implementação dos projectos”.
Nos últimos 2 anos o Investimento Directo Estrangeiro para Moçambique tem sido substancialmente alavancado pelos primeiros gastos da ExxonMobil.
A Total Moçambique, que lidera o projecto Mozambique LNG de exploração de gás natural no campo Golfinho/Atum na Área 1 da Bacia do Rovuma, e que para além dos efeito globais está a lidar com trabalhadores doentes nas suas instalações na Província de Cabo Delgado deixou claro ao @Verdade nesta quinta-feira (09) que “possui planos de continuidade de negócios para garantir que o impacto sobre o projecto advindo de uma situação como esta seja mitigado o máximo possível”.
Não é conhecido o impacto desta pandemia e da crise económica que daí surgiu na implantação da fábrica flutuante que a petrolífera italiana Eni está a construir para extrair gás natural no campo de Coral Sul, na Área 4 também da Bacia do Rovuma.
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