O preço do petróleo transaccionado no mercado norte-americano registou nesta segunda-feira (20) a maior perda da sua história tendo sido cotado a -37,63 dólares. Em Moçambique os preços dos combustíveis não são revistos de Agosto de 2019 e ninguém no Governo comenta o impacto que esta queda histórica pode ter para o cidadão e nas receitas fiscais.
O Petróleo Intermediário do Texas teve esta segunda-feira uma histórica queda de 305 por cento e, pela primeira vez na história, foi negociado com preço negativo, a -37,63 dólares por barril, com os operadores muito preocupados com a queda na procura devido à pandemia de coronavírus e ao grande volume de stock.
O preço recuperou para patamares positivos nesta terça-feira (21), influenciado pelo novo acordo entre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e os seus aliados que preconiza uma redução da produção em 9,7 milhões de barris por dia a partir de 1 de Maio.
Ninguém do Ministério dos Recursos Minerais e Energia esteve disponível para comentar o impacto desta “montanha-russa” dos preços do barril de petróleo, que nos últimos meses despencou para faixa dos 20 dólares, no custo dos combustíveis líquidos que em Moçambique não são revistos desde Agosto de 2019 quando o petróleo era transaccionado a 60 dólares norte-americanos.
Embora no nosso país o preço dos combustíveis tenha uma decalagem de 2 meses e é influenciado pelo câmbio do dólar, que ultrapassou os 68 meticais por unidade, a verdade é que pelo menos em Maio os preços da gasolina, gasóleo, petróleo de iluminação e do gás de cozinha deveriam ser revistos em baixa em Moçambique, embora com as consequências nas receitas fiscais.
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