Dois cidadãos, que alegadamente violaram o Estado de Emergência, perderam a vida atingidos por balas disparadas por um agente da Polícia da República de Moçambique no passado domingo (24) na Cidade de Lichinga, na Província do Niassa.
A primeira vítima mortal ocorreu durante uma alegada tentativa de dispersão de centenas de muçulmanos que celebravam o fim do mês de Ramadão, o Eid-al-Fitr, na Cidade de Lichinga. Um segundo cidadão que ficou gravemente ferido perdeu a vida nesta terça-feira (26) na unidade sanitária onde recebia cuidados após ter sido atingido por tiros disparados pela PRM.
De acordo com o Porta-voz da corporação, Alves Mate, “colegas em patrulhamento depararam-se com uma mesquita aberta, aglomerando pessoas acima de 200 dentro e fora, a polícia foi obrigada a dispersar essa gente. Infelizmente eles não acolheram a medida e partiram para cima da polícia, arremessando pedras e paus, um acção muito negativo por parte desses crentes”.
“Minutos depois nós reforçamos o efectivo, no sentido de acudir por que eles já estavam a levantar tumultos. Um dos nossos colegas teria sido agredido, enquanto a polícia estava recuando ele acabou caindo e o manifestantes partiram para cima dele e o agrediram com paus. Ele foi obrigado a efectuar alguns disparos”, justificou o porta-voz da Polícia da República de Moçambique na Província do Niassa.
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