O Ministério da Saúde anunciou no passado sábado (30) que o indivíduo do sexo masculino com mais de 30 anos de idade, de nacionalidade moçambicana, residente na cidade de Maputo, diagnosticado a 25 de Março está totalmente recuperado da covid-19, é um dos 97 casos positivos curados no nosso país, contrariando a tendência global que indicava que em 14 dias os doentes ficavam curados da pandemia.
“No nosso contexto africano, devido também as especificidades que a nossa população tem em termos de imunidade, estado nutricional e co-morbidades nós ainda estamos a aprender muitas coisas e o tempo de cura é uma delas. O que se pensava no início da epidemia era que o tempo de cura era de aproximadamente 14 dias, o que se tem visto em muitos países é que nem sempre em 14 dias as pessoas ficam com um teste negativo alguns casos continuam a ser positivos no teste até 21 dias depois do primeiro teste positivo”, explicou ao @Verdade o Dr. Jani.
De acordo com o Director-Geral do Instituto Nacional de Saúde “há uma corrente científica que diz que estes testes apesar de serem positivos não indica se os pacientes são infecciosos. Há algum trabalho feito em Singapura que indicam que mesmo os testes sendo positivos o vírus não está intacto e não poderá infectar outras pessoas, porque o teste que fazemos detecta o material genético não detecta se está infeccioso ou se ainda está inteiro”.
“Mas nós continuamos a aprender sobre este assunto e aqui adoptamos a prático que só declaramos o individuo recuperado que tem o teste negativo, alguns dos casos positivos que encontramos continuam com teste positivo até 21 dias e as vezes um pouco mais, e nós não declaramos este indivíduo como recuperado”, admitiu o líder dos epidemiologistas moçambicanos.
Entretanto nesta segunda-feira não foi diagnosticado nenhum novo caso positivo da covid-19, pois foram apenas testados 92 casos suspeitos das províncias da Zambézia, Sofala e Maputo.
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